quinta-feira, 17 de abril de 2014

PASSADENA

GRITA BRASIL

Tudo Passadena, tudo passará!
A vida tem que seguir para abrir caminho para mais um escândalo. Afinal, o governo petista é craque nisso. Imagina na Copa
por Claudio Schamis
17 de abril, 2014
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Graça Foster diz que faltou só um tantinho assim de informação, já Nestor Cerveró afirma que o problema não tem nada relacionado a sua visão, pois ele é um homem de visão, e Dilma estarrecida disse que nunca leu nada assim
Já dizia Nelson Ned que tudo passa, tudo passará. E que tudo fica, tudo ficará.
Bem, se até a uva-passa, a crise da Petrobras vai passar. Ficará alguma lição depois disso tudo? Pode ser que fique, mas se ela será assimilada, isso são outros quinhentos (milhões de dólares). Abafa o caso. Tarde demais.
Sei que foi triste esse trocadilho da uva-passa, mas pior foi o negócio que a Petrobras fez, vamos combinar. Se até a presidente da Petrobras agora, enfim, admitiu que não fez um bom negócio, mas que a presidente Dilma está isenta de qualquer culpa — apesar de na época ser quem comandava o Conselho de Administração da estatal –, não temos mais o que fazer. A perda desses milhões nunca mais será recuperada. O bom negócio é agora entubar isso tudo e seguir. A vida tem que seguir para abrir caminho para mais um escândalo. Afinal, o governo petista é craque nisso. Imagina na Copa.
Segundo Graça – isso não é uma graça? – o conselho desconhecia cláusulas que elevaram o valor da refinaria. Isso é um ponto. O outro ponto é realmente levantar se isso realmente aconteceu. Por que aconteceu. Como aconteceu. E por que foram tomadas certas medidas absurdas que cito abaixo.
Teria sido mais fácil se tivesse sido obra de um estagiário, que na hora se esqueceu de copiar justo a página onde estavam essas cláusulas, o que levou a esse desastre. Mas não foi um estagiário. Foi obra do diretor Nestor Cerveró que foi o autor do tal relatório “tecnicamente falho” que levou o Conselho da Petrobras, presidido pela então ministra Dilma Rousseff e composto por empresários do porte de Jorge Gerdau e Fabio Barbosa a tomar a decisão errada. Cerveró foi demitido. Nada mais Justus (perceberam o trocadilho?), só que demorou um pouco, né? Oito anos! Mais um tempinho e até caducava o erro e ele nem poderia ser demitido, nem por injusta, nem por justa, ou qualquer outra causa. Só que – aí vem o mais intrigante e absurdo da história.
Segunda a presidente Graça Foster informou – ela é realmente uma graça –, depois que se descobriu, dois anos depois (!), a cláusula que o conselho não viu sobre a obrigatoriedade da compra da outra metade da refinaria, a punição de Cerveró foi ele ser transferido para a Diretoria Financeira da Petrobras Distribuidora. Um diretor que faz uma lambança dessas vai como prêmio para a Diretoria Financeira? Isso é prêmio ou punição?
E aí, dona Graça cheia de graça, explica isso que não estou entendendo!
Esse esconde-esconde de cláusulas deixou uma mancha na história da Petrobras. E por que Cerveró fez isso? Será que alguém pagou pela sabotagem? Ou vai dizer que foi sem querer? Só se foi, como dizia o Chaves, que não é Hugo, “sem querer querendo”. A quem interessaria ver os cofres da Petrobras sangrarem? Quem foi beneficiado por essa “transfusão”? Alguém bebeu desse sangue. Tem vampiro na área. É a Petrobras caindo no Crepúsculo. Chamem o Edward. Chamem o síndico.
Mas, pelo visto, essa história de chamar o síndico através da instalação de uma CPI vai demorar ainda um pouco. Antes disso, já existe no ar uma batalha entre governo e oposição para saber que tipo de CPI será instalada. O governo quer uma junta e misturada com os casos Alstom e Suape, já a oposição prefere uma restrita à Petrobras.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, não há pressa. Para tumultuar mesmo ele criou duas comissões separadas e mandou que o Supremo decidisse sobre qual CPI será efetivamente instalada. Ou seja, somente depois do feriado é que a relatora dos mandados de segurança impetrados por oposição e governo, ministra Rosa Weber, vai dar o seu parecer.
Dizem as más línguas que nada será decidido antes de maio. E maio é colado com junho, e junho é “ano” de Copa do Mundo, sabe como é, e o logo depois ficará colado com o começo das campanhas das eleições. Ou seja, que seja!
Mas se tudo isso se resumir à fala do ex-presidente Lula, tá tudo em casa, tudo tranquilo: “Quem não deve não teme. E quem deve tem que ser preso e algemado.” Mas nem sempre quem deve teme, ainda mais se tratando de Justiça aqui no Brasil. A pessoa pode até dever, mas temer jamais. E o fato de ser preso pode até ser contornado, inventando que se é debilitado, que precisa cumprir a pena no conforto do lar (o que deixa de ser uma prisão, né?), no ar condicionado, lençol 1000000 fios, micro-ondas, TV de Led, camarão. Ou você acha realmente que mandam a quentinha da Papuda para a casa de
E só para registrar, Lula, nem todos que devem estão presos e algemados. Não é mesmo, L U L A?


Alô, Dilma, minha presidente, é o Edu, fiz besteria, agora a senhora vai ter que me ajudar e vetar essa coisa da multa. Dá essa força aí
Planos de Saúde: Dilma, você decide!
O Congresso Nacional marcou um golaço em prol das operadoras de planos de saúde que vem tratando seus clientes quase que com o mesmo descaso que o governo trata a questão da saúde de quem não pode pagar por um plano.
Foi incluída na medida provisória 627 uma emenda que estabelece um teto para a aplicação de multas às operadoras de planos de saúde, que logicamente beneficiaria todas elas.
O plenário do Senado também aprovou o texto, vindo da Câmara, que trata da questão da tributação do lucro das empresas, com este e outros aditivos, como forma de evitar que a MP perdesse a validade.
O relator desse descalabro é o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse contar com o aval da presidente. Só que, pressionado pela repercussão negativa, ele arregou e agora reza para que a presidente vete o dispositivo que lhe foi enviado pelo Congresso.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o governo é contrário, mas caso isso não seja vetado, poderia representar um perdão de R$ 2 bilhões para as operadoras.
É engraçado, o deputado faz o “malfeito” e depois só porque foi pressionado quer voltar atrás. Quer dizer que se ninguém falasse nada, ninguém o pressionasse, ele ia adiante com sua ideia de tirar R$ 2 bilhões de multa, que poderiam ser convertidos a priori para melhorar justamente a Saúde de quem não tem condições de ter um plano? Mas isso é a priori, pois infelizmente não sabemos para onde realmente vai essa grana das multas. Já imaginaram quanta coisa poderia ser feita com essa dinheirama? Por outro lado, já pensou quantas cuecas e meias esses milhões em multas poderiam encher?
De qualquer maneira a caneta é da presidente. A cabeça é da presidente. Se bem que a presidente tem plano de saúde!
Salve as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.

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