terça-feira, 21 de março de 2017


OPERAÇÃO CARNE FRACA

Ministro e especialistas acusam PF de sensacionalismo

Para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e especialistas em alimentos há sensacionalismo e falta de conhecimento nas informações divulgadas pela Polícia Federal

Ministro e especialistas acusam PF de sensacionalismo
Segundo Maggi, a PF demonstrou falta de conhecimento sobre as regras que regem o setor (Foto: Agência Senado)
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, teceu duras críticas à forma como a Polícia Federal (PF) divulgou as informações da Operação Carne Fraca. Considerada a maior da história da corporação, a operação investiga um esquema montado por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio para liberar a venda de carnes impróprias para o consumo.
Leia mais: Operação histórica da PF mira frigoríficosLeia mais: Temer leva ministros e embaixadores a churrascaria 
Em entrevista coletiva dada no último domingo, 19, Maggi disse que a narrativa da PF está permeada de “fantasias” e “idiotices”. Segundo o ministro, a PF demonstrou falta de conhecimento sobre as regras que regem o setor ao condenar, por exemplo, o uso de ácido ascórbico no processamento dos alimentos, a mistura de cabeça de porco em embutidos e ao dizer que há papelão misturado em lotes de frango.
“Em função da narrativa é que se criou grande parte dos problemas que temos hoje. […] Essa questão do papelão, está claro no áudio que estão falando de embalagens e não falando de misturar papelão na carne. Senão é uma idiotice, uma insanidade, para dizer a verdade. As empresas brasileiras investiram alguns milhões, milhões e milhões de dólares dos seus mercados, há mais de dez anos, para consolidar mercado, e aí você pega uma empresa que é exportadora e vai dizer que misturou papelão na carne? Pelo amor de Deus. Não dá para aceitar esse tipo de situação”.
O ministro afirmou que, diferentemente do que disse a PF, as normas do setor permitem que cabeça de porco seja misturada a embutidos e explicou que o ácido ascórbico, divulgado pela operação como cancerígeno “é vitamina C e pode ser utilizado em processos”.
“A narrativa nos leva até a criar fantasias. Não estou dizendo que não tenha sentido a investigação. Com toda certeza tem. Quando estamos falando ‘fiquem tranquilos’ é porque a gente conhece a maior parte do nosso sistema, 99% dos produtores de alimentos fazem as coisas transparentes, fazem as coisas certas”, disse Maggi.
A opinião de Maggi é corroborada por especialistas em alimentos ouvidos pela BBC. Segundo eles, a forma como a operação foi divulgada gerou uma desconfiança exagerada sobre a carne brasileira.
Para a engenheira de alimentos Carmen Castillo, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, é preciso tomar cuidado para não demonizar alguns ingredientes, como o ácido ascórbico, que, de fato, é vitamina C. “Não é problema usar esses ingredientes (em alimentos processados e embutidos), o problema é não respeitar os níveis permitidos na lei”, disse Castillo.
Pedro Felício, médico veterinário e especialista em carnes da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, ressaltou a importância da operação e disse que ela revela a necessidade “de uma renovação no sistema de fiscalização”. Porém, ele diz que é preciso esclarecer as informações divulgadas sobre os ingredientes, como o próprio ácido ascórbico, “que é utilizado no mundo todo”. “A polícia agiu mal com a maneira como divulgou tudo. Acho que houve um certo exagero, para precipitar a loucura que foi na imprensa ontem”, disse ele.
Felício disse ainda achar improvável o uso de papelão no processamento de carne de frango. “Acho muito difícil isso ter acontecido. O que acontece é que tem áreas dentro das indústrias que são chamadas de áreas limpas, onde não podem entrar embalagens secundárias, como caixas de papelão. Na gravação que ouvi, duas pessoas falavam em entrar com uma embalagem de papelão na área limpa. Evitar papelão nessas áreas faz parte das boas práticas de manufatura, mas não fazer isso não é o mesmo que usar papelão dentro da salsicha”.
Contraponto
Apontar exageros na divulgação da operação para minimizar seu impacto é uma estratégia equivocada do governo. Em seu blog, a economista Miriam Leitão destaca pontos pertinentes: a operação foi feita por dois anos, produziu um relatório de 400 páginas, e a Receita Federal comprovou as irregularidades tributárias encontradas. Isso não é um exagero. A relação promíscua entre frigoríficos e fiscais envolvendo repasse de dinheiro foi constatada em empresas que são líderes do mercado. O grande prejudicado pelas falcatruas é a sociedade brasileira, que consome a maior parte da carne produzida aqui. A saída não é minimizar o problema, é aumentar a fiscalização.

segunda-feira, 13 de março de 2017

domingo, 12 de março de 2017

I NOSTRI ZUGHI


                                     I NOSTRI ZUGHI

La fionda la  era el nostro strumento depì doparà.Prima, par cassar oseleti, dopo par far el tiro al segno e anca par far la guera intrà de noantri tosatei.Un di, dovaria esser ntel ano 1947 gèrimo nte na granda batàlia intrà na dùsia de tosati e  ogni un de noantri se gavea na tosata con un sacheto de sassi. Le era le nostre porta-munission. Mi gera darente un mato quando ghè saltà fora un inimigo, fando pontaria e osando: Man al alto..!Come no go mia obedio el me mga dato na fiondada in boca e el me ga spacà par meso, el dente davanti, a la sancaLè stato un bruto dolor!E parché ghera restà un toco de dente, quando metea in boco qualcosa caldo o fredo,  no suportea el dolor.   Dopo de un per de mesi, el sirùgico  el ga cavavia quel toco. Son restà un bel tempo con quela   finestra verta.Quando parlea  con qualchedun,  metea la man davanti a a boca.  Al 1948 i me ga metesto un dente novo fodrà con na làmina de oro.  A quel tempo,n dente bianco, par via del costo gra|ndo del material, el costea tanto  depì.I me amighi i me ciamea de sigano parche, sta gente, par tradission i li  doparea  spesso.Quando go scominsià a laorar ntea Marina  Mercante italiana, ntea prima pemission che go ciapà, son ndato cavar el dente de oro e trucarlo par un dente bianco.Son deventà molto felice!

 

sábado, 11 de março de 2017

CHANCELER BRASILEIRO ELEVA O TOM.


RELAÇÕES EXTERIORES

Chanceler brasileiro eleva o tom contra a Venezuela

Aloysio Nunes troca insultos com chanceler venezuelana e já considera país vizinho uma ditadura

Em entrevista ao jornal Estado, publicada neste sábado, 11, o novo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, subiu o tom das críticas ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Aloysio disse que o país vizinho já “desbordou a normalidade democrática”, descambando para uma ditadura.
O chanceler também comentou que conversou com chanceleres de países fundadores do Mercosul na quinta-feira, 9, e que todos expressaram grande preocupação com a falta de perspectiva para o problema da Venezuela, cada vez mais repressiva.
Questionado se o Mercosul poderia aplicar a chamada “Cláusula Democrática” contra a Venezuela, Aloysio disse que há dúvidas no bloco quanto à eficácia dessa decisão, já que o governo Maduro pode tentar se legitimar usando o argumento de que há um cerco imperialista contra ele. “Toda ditadura costuma usar do artifício do fantasma do inimigo externo para se legitimar”, disse.
O antecessor de Aloysio na chancelaria, José Serra, já havia chamado o regime de Maduro de “autoritário, discricionário e repressivo”. O governo Maduro, aliado do PT, não reconhece o governo Temer, considerando que o impeachment de Dilma foi golpe. 
Após tomar posse na última terça-feira, 7, Aloysio chamou a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, de insignificante, dizendo que nem mesmo em seu país “ela tem muita importância”. A afirmação foi uma resposta a declarações de Delcy feitas pelo Twitter, nas quais ela chama o Brasil de “vergonha mundial” e o governo Temer de

ESTÁ TUDO ERRADO



Artigos do Puggina

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ESTÁ TUDO ERRADO E JÁ QUEBROU. MAS NÃO MEXE!

por Percival Puggina. Artigo publicado em

 Difícil entender a conduta de muitos brasileiros. A parcela mais significativa do eleitorado é, historicamente, sensível às mais demagógicas promessas populistas. A biografia de muitos que entraram para nossa história como líderes benquistos e o catálogo de suas principais realizações não resiste ao crivo da relação benefício-custo e ao escrutínio de suas consequências. O Brasil anda devagar e o futuro é um horizonte que se afasta. De Getúlio para cá, incluindo o próprio, o populismo nos presenteou pela urna Juscelino, Jânio, Collor, Lula e Dilma. Não era outro o ânimo dos vices Jango e Sarney. Escaparam-se, em tempos recentes, o saudoso Itamar Franco e FHC em sua primeira eleição como cavalo do comissário de um governo bem sucedido. Já não se diga o mesmo dele em 1998, pois a reeleição enviou às favas os critérios do primeiro mandato.
 Recordista mundial em número de sindicatos, o Brasil cria 250 novas organizações desse tipo por ano. Segundo a revista Veja, em outubro do ano passado, havia 16.293 deles, prontos para servir de sinecura a dirigentes e de complicador às relações de trabalho. O motivo pelo qual os temos em tal quantidade (125 vezes mais do que os Estados Unidos e 180 vezes mais do que a Argentina) é o mesmo pelo qual são tantos os nossos partidos políticos. Há muito dinheiro fácil para uns e outros.
 "Nenhum direito a menos!", lia-se em faixa de passeata ocorrida há dois dias em Porto Alegre. "Queremos mais direitos e não menos!" proclamava outra, no mesmo evento. Ora, quem disse que muitos direitos são vantajosos ao trabalhador? Fosse assim, Portugal e Espanha estariam recebendo trabalhadores alemães e ingleses. No entanto, o que acontece é o contrário. Recursos humanos de países super-regulamentados migram para países onde as relações são mais livres. Aqueles têm as economias mais travadas e pagam salários mais baixos; estes são mais ágeis, prósperos e pagam salários mais altos. Li outro dia que na Venezuela, onde a lei proíbe a demissão de quem ganha salário mínimo, os trabalhadores, por motivos óbvios, têm medo de ser promovidos.
 Então, o Brasil preserva instituições irracionais, verdadeiras usinas de crises que promovem cíclica instabilidade da vida social e econômica. Cultua leis incompatíveis com o tempo presente como se fossem preciosidades jurídicas e esplêndidas realizações da generosidade política. Mas ai de quem propuser alteração em estatutos anacrônicos como os da previdência social e das relações de trabalho! Mas e o Brasil, deputado? Ora, o Brasil! Empregado tem nome e CPF. A empregabilidade não rende votos e o desempregado não tem sindicato.
A infeliz combinação de populismo, corrupção e leis erradas produziu a recessão, gerou 12,5 milhões de desempregados e derrubou a renda real dos brasileiros. Essa queda, porém, foi muito assimétrica, proporcionalmente maior para que ganha menos, chegando a 100% para o universo dos desempregados. Isso está muito errado!
Sim, mas não mexe, parecem dizer as próprias vítimas do perverso populismo e os eternos incendiários do circo alheio. Assim, o mero futuro já é uma utopia.

sexta-feira, 10 de março de 2017

EL VERO TALIAN

i due veceti


I  DUE  VECETI.

                                        Honório Tonial

 

I era poareti ma ghe piasea ndar senar ntel restaorante, almanco na olta al mese  quando i ciapea la paga dea so pension.

Na bela sera i è ndati nte un restaorante novo e i se ga sentà nte un cantoneto.

El garson ghe porta el libreto col menù.

- Noantri no savemo mia leder..!

- Femo cossita,  dise el veceto.

 - Pòrteme un piato de menestra par mi e un bife, ben grando, par la me dona.

El garson el ga obedio.

Finio da magnar, el veceto el torna a parlarghe al garson:

- Adesso  porta  un piato de menestra par la me dona e un bife grando par mi.

El ga obedio nantra olta.

Finida la sena, el veceto el dimanda la conta , el paga , el ringràssia e i se invia par ndar fora del restaorante.

El garson el li  ciama:

-  Mi son corioso... Me piasaria saver el parché dea vostra serimònia.. Prima la  menestra, dopo el bife. Prima par uno, e dopo par quelaltro. Elo el amor a la vostra sposa, o un costume, o cosa elo..?

- Varda, caro... Ghe dise el veceto. Noantri gavemo solo na dentadura...!

 

 

segunda-feira, 6 de março de 2017

Homenagem


  • Voto de Congratulações ao professor aposentado e escritor Honório Tonial


  • 24/03/2015 - 11:03:21
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    O Poder Legislativo aprovou por unanimidade na noite de segunda-feira (23), requerimento de autoria da vereadora Eni Maria Scandolara (PP), no qual solicita o encaminhamento de voto de congratulação ao professor aposentado e escritor erechinense Honório Tonial, pela inclusão da língua Talian no Inventário Nacional da Diversidade Linguística.
    Na oportunidade a vereadora salientou que o Talian foi uma das três primeiras línguas reconhecidas como Referência Cultural Brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e em novembro de 2014 passou a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL). “O Talian é utilizada por uma parte da comunidade de imigração italiana, na Região Sul do Brasil, sobretudo nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A língua é falada desde que os italianos começaram a chegar ao país, no final do século XIX. Há municípios desses estados nos quais o Talian é língua co-oficial. Ou seja, detém relevância tanto quanto a língua portuguesa”.
    A parlamentar explicou que para que uma língua seja reconhecida e passe a fazer parte do Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) ela precisa ser falada em território nacional há, pelo menos, três gerações, o marco temporal é em torno de 75 anos. “O objetivo do Inventário é associar a expressão linguística à sua comunidade de referência e valorizar a expressão enquanto aspecto relevante do patrimônio cultural brasileiro”.
    Eni enfatizou que o processo de inclusão do Talian teve participação importante de Honório Tonial. “Pouca gente sabe, mas foi através do trabalho e dedicação do professor aposentado e escritor erechinense Honório Tonial, que a solicitação de inclusão do Talian foi encaminhado ao IPHAN ainda no ano de 2001. O pedido foi analisado por uma comissão técnica formada por representantes dos ministérios da Cultura, Educação, Ciência Tecnologia e Inovação, Justiça e Planejamento, que decidiram pelo reconhecimento. Nada mais justo que registrarmos nos anais desta Casa de Leis, nossa admiração, respeito e carinho pelo Senhor Honório Tonial, parabenizando pelo seu trabalho que resultou na inclusão da língua Talian no Inventário Nacional da Diversidade Linguística”.