quarta-feira, 7 de outubro de 2015

FILANTROPIA


Paz Interior
17 h ·


PREOCUPAÇÃO COM OS OUTROS

Um dos comportamentos mais comuns no ser humano é a preocupação com os outros.
Há muitas mães que se preocupam com seus filhos. Há pais com a mesma preocupação. Há o irmão que se preocupa com a irmã. Há avós que se preocupam com seus netos. Há filhos preocupados com seus pais. Há também pessoas que se preocupam com seus amigos. Não sabemos se o outro está seguindo um bom caminho e por isso nos preocupamos. Muitas vezes nossos filhos entram em situações negativas, que vão prejudica-los imensamente, e nós sentimos que devemos intervir, mas muitas vezes não podemos. Em outras ocasiões, projetamos no outro nossos próprios carências e preocupações, e tolhemos sua vida com base em nossos medos e incertezas.
É muito comum ver pais preocupados com os filhos que chegam tarde em casa, que usam drogas, que viajam, que se relacionam com um grupo de pessoas que consideramos “barra pesada”, que estão mal na escola, ou que atravessam qualquer outro tipo de situação. Na visão dos pais, eles estão trilhando um caminho que irá destruir suas vidas. Mas será que isso é mesmo verdade?
Do ponto de vista da lei do karma e da reencarnação, nenhuma dessas preocupações se justifica. Ninguém deveria se preocupar com ninguém, por um motivo muito simples: cada pessoa vive as experiências que precisa viver. Cada pessoa está sintonizada, dentro das leis naturais, com as situações que são as mais propícias de gerarem um aprendizado para seu espírito. Não há ninguém nesse mundo que esteja vivendo uma circunstância de vida que não precise viver, pelo simples fato de que as almas encarnadas precisam experimentar tudo aquilo que necessitam para seu aprendizado. As pessoas que se preocupam precisam, em primeiro lugar, ter fé em Deus, despertar a convicção íntima de que Deus está em tudo e que tudo o que acontece é uma manifestação da realidade divina. Ninguém deve se preocupar com o outro, pelo simples fato de que, se o outro está imerso numa condição de vida, é exatamente dessa condição que ele necessita para crescer e evoluir. Se é assim, para que se preocupar?
Aqueles que estudam o espiritualismo sabem o quanto é comum ver espíritos de pessoas que acabaram de desencarnar super preocupados em deixar seus entes queridos abandonados ou “desprotegidos” aqui nesse mundo. A preocupação do espírito recém desencarnado com os familiares que ficaram na Terra pode até mesmo leva-lo a se prender ao mundo, tornando o que se denomina de “espírito preso a Terra”, que fica vagando pela matéria tentando “salvar” seus filhos, irmãos, pais, amigos, etc. Nesse caso, a preocupação com eles é um forte objeto de apego, que pode prejudicar imensamente tanto o espírito quanto o encarnado. Uma mãe que desencarna e fica preocupada com o filho pode se ligar a ele por laços obsessivos, e pode transmitir preocupações, pensamentos negativos, tentar guiar e manipular inconscientemente seu filho e até mesmo transmitir-lhe doenças. Tudo isso pela “preocupação” em deixar o filho abandonado e desprotegido aqui nesse mundo. O fato é que ninguém nunca está desprotegido; ninguém fica sozinho; ninguém fica nunca abandonado; ninguém está necessitado ou destruído no mundo material: os espíritos que aqui ficaram vivem as experiências que precisam, que escolheram viver, e que são necessárias ao seu adiantamento, além de viverem aquilo que merecem viver com base na lei do karma.
As preocupações, além de não ajudarem, ainda podem nos fazer intervir no caminho que uma pessoa escolheu para si mesma, e prejudica-la ainda mais. Por outro lado, ninguém pode ajudar alguém que não quer ajuda. Por mais que tentemos, se a pessoa quiser continuar sofrendo, é isso que deverá ocorrer até que ela mesma decida se libertar de seu cárcere. Muitas pessoas têm a ilusão de terem algum tipo de poder sobre as outras. Elas acreditam que podem ajuda-las de diversas formas, ou mesmo evitar certos conflitos e sofrimentos, mas isso é falso, e muitas vezes essa ideia vem de um orgulho de nossa parte: primeiro por julgar que sabemos melhor do que o outro o que é bom ou ruim para ele, segundo porque julgamos ter um poder que não possuímos. É preciso compreender, de uma vez por todas, que ninguém tem poder de mudar a vida de ninguém. Só a própria pessoa tem esse poder sobre si mesma.
Portanto, jamais se esqueça de que toda preocupação com o outro é vã, sem sentido, vazia e desnecessária. Cada espírito que vem ao mundo vive as experiências que precisa e merece, sem qualquer desvio, e mesmo que haja algo que possamos chamar de “desvio”, se a pessoa enveredou por esse caminho, é porque ela assim quis, e se ela o escolheu, é porque precisa das experiências que se encontram no final do caminho escolhido. Não perca sua tranquilidade com milhares de preocupações. Tenha fé em Deus e nas leis divinas. Preocupação com o outro é falta de fé em Deus, é ausência de entrega ao plano infinito e divino no qual tudo está inserido. Ninguém fica desprotegido nesse mundo, assim como ninguém está protegido de si mesmo e das experiências que são necessárias para seu espírito. O que chamamos de desproteção, abandono ou sofrimento são apenas fases de uma alma que precisa passar pelo vale de lágrimas do mundo físico para amadurecer e seguir em frente em sua preparação para a vida eterna.
Liberte-se de todas as preocupações e viva em paz

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