Pública em defesa da Comunicação Pública e do fortalecimento do Conselho Curador Nota da EBC
16/04/2015 11h28
O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação vem por meio desta nota reafirmar seu compromisso com o fortalecimento da comunicação pública, com a defesa do papel estratégico desta para uma sociedade democrática e, especificamente, com o papel da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na liderança desse processo. O Conselho Curador é parte significativa na legitimação da comunicação pública, pois é o órgão que garante a fiscalização e a participação social na gestão de uma das principais empresas públicas de comunicação do país.No último ano, o Conselho Curador vem se deparando com um descaso do atual governo com a comunicação pública e com seu órgão de controle social. Lamentamos o distanciamento dos ministros que têm assento neste Conselho, bem como o fato de que depois de quase um ano de encaminhamento à Presidência da República da lista tríplice para nomeação de cinco novos conselheiros, nada tenha sido definido. Corrobora ainda com esta situação o fato de que recentes reconduções de conselheiros e nomeações da diretoria executiva da empresa tenham sido efetivadas em um período de tempo bem menor.Causa-nos estranheza que este cenário esteja ocorrendo dentro de um Governo que defende a institucionalização e o fortalecimento dos Conselhos como instâncias de legitimação da participação social e do caráter verdadeiramente participativo e democrático das instituições públicas. Governo este que por diversas vezes convocou o Conselho Curador da EBC para somar forças junto a Secretaria Nacional de Participação Social na defesa do decreto Nº 8.243, de 23 de maio de 2014, que Institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social – SNPS.Dessa forma, manifestamos a importância de que este Governo retome a atenção com a comunicação pública e o respeito para com este Conselho, que trabalha diuturnamente no sentido de deixar mais forte e crível a Empresa Brasil de Comunicação, e que, consequentemente, contribui para garantia do cumprimento da complementaridade dos sistemas público, privado e estatal previstos no art. 223 da Constituição Federal, fortalecendo assim a comunicação e a democracia do país.Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação
terça-feira, 28 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
FUNDOS DE PENSÃO
HOME OPINIÃO NOTÍCIA TURISMO 23 de Julho, 2015
←NESTA DATA→←GRÁFICOS→←CLÁSSICOS→
Untitled-1
No dia 19 de julho de 1834, nasceu Edgard Degas
suassuna 2
No dia 23 de julho de 2014, morre Ariano Suassuna
Gold_Room_Bretton_Woods_Participating_Nations_Display_Case
No dia 22 de julho de 1944, terminou a conferência de Bretton Woods
Ernest_Hemingway box grafico
No dia 21 de julho, nasce Ernest Hemingway, famoso escritor americano
5880
No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong se tornou o primeiro a pisar na lua
Untitled-1
No dia 19 de julho de 1834, nasceu Edgard Degas
suassuna 2
No dia 23 de julho de 2014, morre Ariano Suassuna
RECEBA NOSSO BOLETIM DIÁRIO
Sugestão do Leitor
ENVIE SUA SUGESTÃO
article image
Sessão do Senado quando foi lido o requerimento de criação da CPI dos Fundos de Pensão (Fonte: Reprodução/Agência Senado)
COLUNA ESPLANADA
O ‘Fundo’ é mais embaixo
CPI dos Fundos de Pensão no Congresso Nacional terá a chance de revelar grandes perdas, déficits escondidos, investimentos mal feitos, gestão temerária e até rombos bilionários
por Leandro Mazzini
23 de julho, 2015
Share Share Share Share Share fonte | A A A
Se não passar de uma bravata a fim de assustar o PT e seus líderes, que há 12 anos têm ingerência nos conselhos dos maiores fundos previdenciários estatais do País, a CPI dos Fundos de Pensão no Congresso Nacional terá a chance de revelar grandes perdas, déficits escondidos, investimentos mal feitos, gestão temerária e até rombos bilionários. Entram nesse rol Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Real Grandeza (Furnas), Postalis (Correios), entre outros.
Poucos meses atrás, o PTB e o PMDB se digladiavam pelo controle do Cibrius, da Conab, a ponto de um peemedebista falar em nome da cúpula e tentar destituir conselheiros, numa manobra mal realizada que foi barrada pelos caciques.
É tamanha a ingerência política suprapartidária — das legendas aliadas do Governo — nos fundos de pensão que corre-se o risco de os eventuais indicados para a CPI terem de focar a lupa nas próprias mãos.
Descobrirão por exemplo que o mensaleiro Valdemar da Costa Neto tem digitais no conselho do Refer (da Rede Ferroviária Federal); que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, era o padrinho do finado Luiz Paulo Conde no Real Grandeza; que o presidente do Senado, Renan Calheiros, é apontado por delator em inquérito da PF de falcatruas no Postalis, no uso de R$ 100 milhões do fundo dos servidores dos Correios para compra da Universidade Gama Filho; que grãos petistas indicavam investimentos dos maiores fundos através de conselheiros apadrinhados por eles.
m maio do ano passado, a cúpula do PT ficou em polvorosa. Perdeu representantes — e respectivamente o controle — dos dois maiores fundos de pensão do País, a Funcef (Caixa) — cerca de R$ 80 bilhões de patrimônio — e a Previ (BB), com R$ 170 bilhões em caixa. Chapas ligadas ao partido sofreram derrotas. O PT tinha domínio desde a chegada ao Poder, em 2003, numa articulação bem desenhada de José Dirceu e Luiz Gushiken. Por ordem deles, os fundos se tornaram sócios das maiores empresas brasileiras — e muitas delas são doadoras de campanhas do… PT.
O Petros, por exemplo, é sócio e tem membros nos conselhos de grandes corporações como Oi, Telemar, Itaú, Shoppings Iguatemi, Brasil Foods, Norte Energia (Usina Belo Monte) etc. Falar em CPI dos Fundos de Pensão quer dizer mexer com todas estas empresas e suas ligações políticas. Mas a despeito do desfile de mandatários nos conselhos, há retornos significativos em alguns casos. Apenas em 2013, o Previ lucrou mais R$ 3 bilhões. Aposta em diferentes setores, desde ações na Bolsa, passando por uma invejosa carteira imobiliária, até uma curiosa sociedade: tornou-se sócio majoritário da Taurus, a fabricante de armas.
Milícia Oficial
Os agentes socioeducativos querem porte de armas, os do Detran também. Idem para a Polícia Legislativa no Congresso, apesar do minúsculo perímetro de atuação. Efeito da violência em alta, o Brasil vive uma onda de pedidos de proteção classista.
Eis outro. O deputado federal José Airton (PT-CE) acaba de protocolar projeto de lei 2367 que altera o inciso X do art. 6º, da Lei nº 10.826, de 2003. Concede ‘porte de armas aos Auditores Fiscais e Analistas Tributários das Receitas Estaduais’.
O empresário brasileiro, que merece um troféu por dia por sobreviver à carga de impostos, corre o risco de cobrança armada na sua porta. É a Milícia Oficial do Tesouro.
odos querem o Céu
stá fácil demais ser deputado, e tediante. Por isso uma turminha se acha no direito de cortejar o Céu — como o Senado é chamado pelos seus titulares.
O plenário da Câmara aprovou uma PEC que reduz o piso de idade para 31 anos para quem quer concorrer ao Senado. É a Emenda Wilsinho Filho (PMDB-PB) — seu autor, hoje deputado, terá essa idade em 2018. Ainda será analisada no Senado.
Não satisfeita, a federal Shéridan (PSDB-RR) apresentou a PEC 94 no último dia 15. Por ela, a idade mínima para concorrer ao Senado cai para 30 anos. Daqui a três anos, ela e o namorado, o deputado Arthur Bisneto (PSDB-AM), terão idades suficientes para disputar as vagas. O projeto está na fila para votação.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
←NESTA DATA→←GRÁFICOS→←CLÁSSICOS→
Untitled-1
No dia 19 de julho de 1834, nasceu Edgard Degas
suassuna 2
No dia 23 de julho de 2014, morre Ariano Suassuna
Gold_Room_Bretton_Woods_Participating_Nations_Display_Case
No dia 22 de julho de 1944, terminou a conferência de Bretton Woods
Ernest_Hemingway box grafico
No dia 21 de julho, nasce Ernest Hemingway, famoso escritor americano
5880
No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong se tornou o primeiro a pisar na lua
Untitled-1
No dia 19 de julho de 1834, nasceu Edgard Degas
suassuna 2
No dia 23 de julho de 2014, morre Ariano Suassuna
RECEBA NOSSO BOLETIM DIÁRIO
Sugestão do Leitor
ENVIE SUA SUGESTÃO
article image
Sessão do Senado quando foi lido o requerimento de criação da CPI dos Fundos de Pensão (Fonte: Reprodução/Agência Senado)
COLUNA ESPLANADA
O ‘Fundo’ é mais embaixo
CPI dos Fundos de Pensão no Congresso Nacional terá a chance de revelar grandes perdas, déficits escondidos, investimentos mal feitos, gestão temerária e até rombos bilionários
por Leandro Mazzini
23 de julho, 2015
Share Share Share Share Share fonte | A A A
Se não passar de uma bravata a fim de assustar o PT e seus líderes, que há 12 anos têm ingerência nos conselhos dos maiores fundos previdenciários estatais do País, a CPI dos Fundos de Pensão no Congresso Nacional terá a chance de revelar grandes perdas, déficits escondidos, investimentos mal feitos, gestão temerária e até rombos bilionários. Entram nesse rol Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Real Grandeza (Furnas), Postalis (Correios), entre outros.
Poucos meses atrás, o PTB e o PMDB se digladiavam pelo controle do Cibrius, da Conab, a ponto de um peemedebista falar em nome da cúpula e tentar destituir conselheiros, numa manobra mal realizada que foi barrada pelos caciques.
É tamanha a ingerência política suprapartidária — das legendas aliadas do Governo — nos fundos de pensão que corre-se o risco de os eventuais indicados para a CPI terem de focar a lupa nas próprias mãos.
Descobrirão por exemplo que o mensaleiro Valdemar da Costa Neto tem digitais no conselho do Refer (da Rede Ferroviária Federal); que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, era o padrinho do finado Luiz Paulo Conde no Real Grandeza; que o presidente do Senado, Renan Calheiros, é apontado por delator em inquérito da PF de falcatruas no Postalis, no uso de R$ 100 milhões do fundo dos servidores dos Correios para compra da Universidade Gama Filho; que grãos petistas indicavam investimentos dos maiores fundos através de conselheiros apadrinhados por eles.
m maio do ano passado, a cúpula do PT ficou em polvorosa. Perdeu representantes — e respectivamente o controle — dos dois maiores fundos de pensão do País, a Funcef (Caixa) — cerca de R$ 80 bilhões de patrimônio — e a Previ (BB), com R$ 170 bilhões em caixa. Chapas ligadas ao partido sofreram derrotas. O PT tinha domínio desde a chegada ao Poder, em 2003, numa articulação bem desenhada de José Dirceu e Luiz Gushiken. Por ordem deles, os fundos se tornaram sócios das maiores empresas brasileiras — e muitas delas são doadoras de campanhas do… PT.
O Petros, por exemplo, é sócio e tem membros nos conselhos de grandes corporações como Oi, Telemar, Itaú, Shoppings Iguatemi, Brasil Foods, Norte Energia (Usina Belo Monte) etc. Falar em CPI dos Fundos de Pensão quer dizer mexer com todas estas empresas e suas ligações políticas. Mas a despeito do desfile de mandatários nos conselhos, há retornos significativos em alguns casos. Apenas em 2013, o Previ lucrou mais R$ 3 bilhões. Aposta em diferentes setores, desde ações na Bolsa, passando por uma invejosa carteira imobiliária, até uma curiosa sociedade: tornou-se sócio majoritário da Taurus, a fabricante de armas.
Milícia Oficial
Os agentes socioeducativos querem porte de armas, os do Detran também. Idem para a Polícia Legislativa no Congresso, apesar do minúsculo perímetro de atuação. Efeito da violência em alta, o Brasil vive uma onda de pedidos de proteção classista.
Eis outro. O deputado federal José Airton (PT-CE) acaba de protocolar projeto de lei 2367 que altera o inciso X do art. 6º, da Lei nº 10.826, de 2003. Concede ‘porte de armas aos Auditores Fiscais e Analistas Tributários das Receitas Estaduais’.
O empresário brasileiro, que merece um troféu por dia por sobreviver à carga de impostos, corre o risco de cobrança armada na sua porta. É a Milícia Oficial do Tesouro.
odos querem o Céu
stá fácil demais ser deputado, e tediante. Por isso uma turminha se acha no direito de cortejar o Céu — como o Senado é chamado pelos seus titulares.
O plenário da Câmara aprovou uma PEC que reduz o piso de idade para 31 anos para quem quer concorrer ao Senado. É a Emenda Wilsinho Filho (PMDB-PB) — seu autor, hoje deputado, terá essa idade em 2018. Ainda será analisada no Senado.
Não satisfeita, a federal Shéridan (PSDB-RR) apresentou a PEC 94 no último dia 15. Por ela, a idade mínima para concorrer ao Senado cai para 30 anos. Daqui a três anos, ela e o namorado, o deputado Arthur Bisneto (PSDB-AM), terão idades suficientes para disputar as vagas. O projeto está na fila para votação.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
quarta-feira, 22 de julho de 2015
LULA VAI PRA RUA
LULA, SAI DO FACE E VEM PRA RUA!
por Percival Puggina. Artigo publicado em 11.07.2015
Há alguns dias, no melhor estilo que seu caráter pode proporcionar, Lula resolveu puxar as orelhas de sua protegida. Disse que ela se tranca no gabinete, que foge do contato com o povo, que deveria estar nas ruas defendendo seu governo. Ao final, diagnosticou que o governo petista, nas mãos da companheira, "já está no volume morto". E por aí foi. Das duas uma: se falou sério foi velhaco; se falou brincando, também.
Em ambos os casos, ele está tratando de se eximir das responsabilidades que sobre ele recaem em relação aos 13 anos de governo petista. Oito foram dele e cinco correm à conta de seu braço direito e grande gestora, a mãe do PAC, a madrinha de Pasadena, a tia do Petrolão e a dona da crise. Sair para rua? Ô Lula! Você pode imaginar Dilma passeando num shopping, pedalando na Lagoa Rodrigo de Freitas ou na orla do Guaíba? Consegue imaginar Dilma apertando mãos na Rua da Praia ou jantando no Piantella? Vai com ela, Lula. Vai com ela.
Mesmo quando tinha bem mais de nove pontos de aprovação, a presidente descobriu que aparecer em público era um convite à vaia e ao panelaço. Com nove pontos, assistir um jogo de futebol seria franquear-se para ataques à sua dignidade pessoal e familiar. Portanto, o conselho de Lula está muito longe de ser uma orientação estratégica. É expressão do mais indigno "faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço", porque também ele, Lula, só aparece valente cheio de indignações e razões no Facebook, no meio dos próprios companheiros ou entre gente muito amiga do peito.
Essa frase de Lula dispensa o discurso da mandioca e da "mulher sapiens" para evidenciar mais esse absurdo da nossa democracia: o absurdo do poder que se mantém nas mesmas mãos apesar de seus dois principais representantes, que governam o país há 13 anos, não poderem aparecer em público, tamanha sua rejeição. Hoje, se dependesse da vontade popular, estavam fora do poder. Mas isso, no presidencialismo, não tem qualquer significado. Ao que tudo indica, estamos dependendo do TCU ou da UTC. Mas a CUT resiste.
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
por Percival Puggina. Artigo publicado em 11.07.2015
Há alguns dias, no melhor estilo que seu caráter pode proporcionar, Lula resolveu puxar as orelhas de sua protegida. Disse que ela se tranca no gabinete, que foge do contato com o povo, que deveria estar nas ruas defendendo seu governo. Ao final, diagnosticou que o governo petista, nas mãos da companheira, "já está no volume morto". E por aí foi. Das duas uma: se falou sério foi velhaco; se falou brincando, também.
Em ambos os casos, ele está tratando de se eximir das responsabilidades que sobre ele recaem em relação aos 13 anos de governo petista. Oito foram dele e cinco correm à conta de seu braço direito e grande gestora, a mãe do PAC, a madrinha de Pasadena, a tia do Petrolão e a dona da crise. Sair para rua? Ô Lula! Você pode imaginar Dilma passeando num shopping, pedalando na Lagoa Rodrigo de Freitas ou na orla do Guaíba? Consegue imaginar Dilma apertando mãos na Rua da Praia ou jantando no Piantella? Vai com ela, Lula. Vai com ela.
Mesmo quando tinha bem mais de nove pontos de aprovação, a presidente descobriu que aparecer em público era um convite à vaia e ao panelaço. Com nove pontos, assistir um jogo de futebol seria franquear-se para ataques à sua dignidade pessoal e familiar. Portanto, o conselho de Lula está muito longe de ser uma orientação estratégica. É expressão do mais indigno "faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço", porque também ele, Lula, só aparece valente cheio de indignações e razões no Facebook, no meio dos próprios companheiros ou entre gente muito amiga do peito.
Essa frase de Lula dispensa o discurso da mandioca e da "mulher sapiens" para evidenciar mais esse absurdo da nossa democracia: o absurdo do poder que se mantém nas mesmas mãos apesar de seus dois principais representantes, que governam o país há 13 anos, não poderem aparecer em público, tamanha sua rejeição. Hoje, se dependesse da vontade popular, estavam fora do poder. Mas isso, no presidencialismo, não tem qualquer significado. Ao que tudo indica, estamos dependendo do TCU ou da UTC. Mas a CUT resiste.
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
terça-feira, 21 de julho de 2015
VELHICE
Que delícia de texto. Pena não ter autor(somos todos nós retocando aqui e ali).
Eu nunca trocaria os meus amigos surpreendentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu tornei -me o meu próprio amigo... Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante? e livre.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até às quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido... Eu vou.
Vou andar na praia com um calção excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet sky. Eles também vão envelhecer.
Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes. Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso.
A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!
Eu nunca trocaria os meus amigos surpreendentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu tornei -me o meu próprio amigo... Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante? e livre.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até às quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido... Eu vou.
Vou andar na praia com um calção excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet sky. Eles também vão envelhecer.
Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes. Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso.
A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!
quarta-feira, 15 de julho de 2015
TALIAN
Nedi Terezinha Locatelli
14 de julho às 22:01
Vai ter a hora da Educação Patrimonial aplicada ao Talian. E as ações de salvaguarda e valorização, inclusive para o Ensino do Talian.
Vale lembrar: o registro do Talian como Patrimônio Cultural Imaterial - Língua de Referência Cultural Brasileira o coloca sob a Tutela, sob a proteção do Estado nas esferas nacional, estadual e municipal.
Pimpianin se và lontan.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
OS INACREDITÁVEIS TALENOD GREGOS
Os inacreditáveis talentos gregos
Luiz Felipe Lampreia
Estadão - 07 Julho 2015 | 03h 00
O referendo de domingo passado deu uma vitória expressiva ao primeiro-ministro Alexis Tsipras, em boa parte pelo voto dos jovens. Nesta categoria há um desemprego de 50%, por efeito de uma recessão que já dura cinco anos. Esse resultado pode levar – e talvez leve mesmo – a uma ruptura com o euro, o chamado Grexit. Se tiver de falar em proporções, diria que há 50% de chances de isso acontecer. É cedo, contudo, para afirmá-lo.
O governo grego jogou pesado, afirmando que as propostas europeias constituem uma humilhação. Nesses termos, poucos povos votariam para aceitar o que lhe está sendo proposto atualmente. Mas a atitude de Tsipras – parecida com a de um jogador de pôquer audacioso e com pouco cacife – fez a maioria dos negociadores europeus não confiar nele, o que é um mau sinal. Em todo caso, a Grécia vai pagar um alto preço pelo blefe, pois a maioria dos países do euro já declarou ter chegado ao limite com suas propostas.
Os bancos gregos estão quase sem dinheiro e por isso a economia fica virtualmente paralisada. Se o Banco Central Europeu (BCE) não vier salvá-los, quebrarão. Isso é possível, pois estatutariamente o BCE só pode dar dinheiro a bancos solventes. A saída, então, seria a Grécia voltar à dracma e, portanto, emitir moeda como achar oportuno. Não é preciso ser um grande economista para imaginar o desastre: inflação alta, estagnação, falta de crédito, desemprego em alta.
Tsipras afirmou que no máximo em 24 horas o acordo estará feito. Mera demagogia. Esta fase será prolongada, porque não apenas os executivos, mas também os Parlamentos dos 28 países da Europa deverão opinar sobre os entendimentos com os gregos. Afinal, trata-se do dinheiro do contribuinte europeu. Resta saber se o não dos eleitores gregos vai reforçar a posição negociadora de Tsipras, como ele proclama enfaticamente. É muito duvidoso, mas trata-se de uma das muitas incógnitas do momento.
Vejamos alguns elementos importantes para entender as raízes da questão. A Grécia foi sempre vista, desde o Iluminismo do século 18, e sobretudo graças ao grande poeta inglês Lord Byron, como a pedra fundamental da democracia ocidental. Na verdade, a Grécia foi admitida na União Europeia em homenagem aos grandes do passado – Sócrates, Platão, Péricles, Aristóteles – que viveram no século de ouro de Atenas, o quarto antes de Cristo. Porém, transcorridos 2.400 anos, os atuais gregos são completamente diferentes daquele povo extraordinário, como, por exemplo, os mexicanos de hoje nada têm que ver com os astecas ou os maias.
No euro o país entrou sem ter condições econômicas mínimas, falsificando suas contas nacionais. A Europa fingiu que não viu. Desde então, pouco mudou nessa situação. A Grécia é provavelmente a nação campeã mundial do jeitinho e uma das piores em termos de produtividade e dinamismo. Sem o turismo não se sabe o que seria do país. Vejam-se algumas pérolas extraídas de uma recente pesquisa contratada pela Comissão Europeia.
l Há 50 motoristas para cada carro oficial e 1.763 pessoas protegem as águas do Lago Kopais, embora tenha secado em 1930.
l O metrô de Atenas vende A 19 milhões, mas seu custo total chega a A 500 milhões anuais. Por isso, um recente ministro grego dos Transportes propôs fechá-lo e transportar as pessoas de táxi. Sairia mais barato, segundo ele.
l Numerosas pessoas obtiveram aposentadorias precoces por exercerem trabalhos supostamente penosos, como cabeleireiros, músicos de instrumentos de sopro, apresentadores de televisão. Ora, os aposentados recebem 96% de seu salário anterior – comparando: na França, são 51%; na Alemanha, 40%; e no Japão, 34%.
l Muitas famílias recebem quatro ou cinco aposentadorias ao mesmo tempo, às quais não têm direito. Por outro lado, 40 mil mulheres recebem A 1 mil por mês por serem filhas de funcionários públicos mortos.
l A fraude fiscal é enorme: 25% dos gregos não pagam um centavo de Imposto de Renda. Por outro lado, há 4 milhões de funcionários públicos para uma população total de cerca de 11 milhões, ou seja, cerca de 1 milhão a mais do que o Brasil, que tem em torno de 2 milhões de servidores públicos e 200 milhões de habitantes.
l Há quatro vezes mais professores com salários elevados do que nos países mais adiantados da Europa, enquanto os resultados escolares se situam entre os piores do continente e há altas taxa de absenteísmo.
l Mas não há apenas pobreza na Grécia. Quando estive lá, dois anos atrás, vi no litoral entre Atenas e o Cabo Sounion (cerca de 50 km) diversas marinas repletas de barcos de luxo, só comparáveis às de Miami ou Long Beach. É apenas uma pequena amostra e não sei de quem são os barcos.
A Grécia tem talentos inacreditáveis. Nada exporta, salvo alguns produtos farmacêuticos, azeite e vinho. Assim mesmo, toma grandes empréstimos internacionais que nunca paga, mas sempre consegue renegociar e renovar. Há erros básicos em tudo isso, mas desde a independência grega, em 1821, a Europa Ocidental sustenta toda essa farra em nome do século de ouro de Atenas. Será que vai continuar a fazê-lo? Será que algum dia a Grécia vai pôr a casa em ordem? O país sempre contará com a generosidade europeia e não apenas por seu passado.
Duas coisas estão certamente na mente dos europeus: o futuro do euro e a estabilidade social da Grécia. Em primeiro lugar, há dúvidas se uma inédita saída do euro debilitaria profundamente a moeda europeia. Depois, como membro da Otan, em posição estratégica no Mediterrâneo, o país é importante para a Europa. Se houver a falência do entendimento com a Europa, temem os líderes europeus que haja radicalização e convulsões sociais, pois seriam inevitáveis a disparada da inflação, a estagnação da economia e o desemprego maciço. O quadro é péssimo, mas eu não apostaria no desfecho mais dramático.
*Luiz Felipe Lampreia é sociólogo e diplomata, foi ministro das Relações Exteriores no governo FHC
segunda-feira, 6 de julho de 2015
CHUVA EM EX
ATENÇÃO – ALERTA: GRAVE RISCO DE CHUVA EXTREMA NO SUL DO BRASIL | A MetSul Meteorologia alerta para um cenário de grave risco por excesso de chuva no Sul do Brasil nos próximos 10 dias e que desde já exige atenção das autoridades de Defesa Civil dos três estados. Os principais modelos numéricos projetam volumes excessivos a extraordinários de chuva nos próximos 10 dias para o PR, SC e o Extremo Norte do RS. O pior se concentraria no Oeste e Meio-Oeste de SC, Médio e Alto Uruguai do RS e no Centro-Oeste do PR, atingindo bacias como dos rios Uruguai e Iguaçu.
Dados chegam a indicar entre 250 mm e 450 mm para estas regiões no período, caso do modelo europeu, sendo que choveu 200 mm em parte do Oeste do PR no final da última semana, ou seja, algumas áreas poderiam receber mais de 500 mm em apenas 15 dias, confirmados os indicativos das simulações computadorizados. Sob este cenário, a probabilidade de alagamentos, inundações, quedas de barreiras e enchentes é elevada.
A chuva que já afeta hoje o Sul do Brasil vai persistir ainda amanhã e na maior parte do restante desta semana em algumas destas áreas, e no começo da semana que vem poderia se produzir um evento de chuva ainda mais expressivo. Entre quarta (8) e quinta (9/7) um vórtice ciclônico em médios e altos níveis da atmosfera (baixa fria ou segregada) deve cruzar de Oeste para Leste entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, acentuando ainda mais a instabilidade com possibilidade de raios e granizo isolado.
Neste momento está se propagando a mais intensa Oscilação de Madden-Julian (área de maior instabilidade que circunda o globo nos trópicos entre 30 e 60 dias) já vista até hoje pela Meteorologia. Nos próximos 10 dias a chamada OMJ estará atuando nas longitudes da America do Sul. A superposição de El Niño moderado a forte com a mais intensa OMJ já vista criará um cenário de alto risco e propício à chuva extrema. Esta é uma projeção de 10 dias e sofrerá as devidas atualizações, conforme os dados foram ingressando. (Mapas mostram projeção de chuva do NOAA apenas para os próximos 5 dias e do modelo brasileiro Cosmos para os próximos sete dias)
Curtir Comentar Compartilhar
Honório Tonial
Escreva um comentário...
Dados chegam a indicar entre 250 mm e 450 mm para estas regiões no período, caso do modelo europeu, sendo que choveu 200 mm em parte do Oeste do PR no final da última semana, ou seja, algumas áreas poderiam receber mais de 500 mm em apenas 15 dias, confirmados os indicativos das simulações computadorizados. Sob este cenário, a probabilidade de alagamentos, inundações, quedas de barreiras e enchentes é elevada.
A chuva que já afeta hoje o Sul do Brasil vai persistir ainda amanhã e na maior parte do restante desta semana em algumas destas áreas, e no começo da semana que vem poderia se produzir um evento de chuva ainda mais expressivo. Entre quarta (8) e quinta (9/7) um vórtice ciclônico em médios e altos níveis da atmosfera (baixa fria ou segregada) deve cruzar de Oeste para Leste entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, acentuando ainda mais a instabilidade com possibilidade de raios e granizo isolado.
Neste momento está se propagando a mais intensa Oscilação de Madden-Julian (área de maior instabilidade que circunda o globo nos trópicos entre 30 e 60 dias) já vista até hoje pela Meteorologia. Nos próximos 10 dias a chamada OMJ estará atuando nas longitudes da America do Sul. A superposição de El Niño moderado a forte com a mais intensa OMJ já vista criará um cenário de alto risco e propício à chuva extrema. Esta é uma projeção de 10 dias e sofrerá as devidas atualizações, conforme os dados foram ingressando. (Mapas mostram projeção de chuva do NOAA apenas para os próximos 5 dias e do modelo brasileiro Cosmos para os próximos sete dias)
Curtir Comentar Compartilhar
Honório Tonial
Escreva um comentário...
Pena Criminal Honorio Tonial
Gostaria de oferecer uma solução salomônica aos debatedores da menoridade.
Vamos inverter o raciocínio.
Ao invés de debater a idade da juventude vamos utilizar a seguinte fórmula:
GRAVIDADE DO CRIME = Pena correspondente por determinação judicial.
Exemplificando: Um menor ( de 10, 11, 12 anos ) assassina o próprio pai.
A justiça determinará o castigo ou pena.
Vamos inverter o raciocínio.
Ao invés de debater a idade da juventude vamos utilizar a seguinte fórmula:
GRAVIDADE DO CRIME = Pena correspondente por determinação judicial.
Exemplificando: Um menor ( de 10, 11, 12 anos ) assassina o próprio pai.
A justiça determinará o castigo ou pena.
domingo, 5 de julho de 2015
DSSEMPREGO
Artigos do Puggina
Voltar para listagem
E OS ADVERSÁRIOS DO CONSUMO, O QUE DIZEM?
por Percival Puggina. Artigo publicado em 03.07.2015
A indústria automobilística registrou no primeiro semestre do ano uma queda de 20% em suas vendas e avalia que em fins de dezembro esse percentual chegue a 23%. Neste momento, 325 mil veículos estão estocados nos pátios das fábricas e 35,8 mil trabalhadores, ou 25% de todos os recursos humanos das montadoras, estão em férias coletivas, licença ou suspensão dos contratos de trabalho.
Enquanto, no primeiro trimestre do ano, o consumo das famílias caiu 1,5%, os indicadores da intenção de consumo sinalizam para uma trajetória de ainda menor e, portanto, para menores vendas. Segundo pesquisa da Fecomercio/SP, a intenção de consumo das famílias caiu 26,3% em 12 meses. No varejo paulista, o mais dinâmico do país, as vendas caíram 12% no mês de abril quando comparadas com o mesmo mês de 2014.
Na outra ponta do novelo em que o governo enredou a economia nacional, o desemprego, entre maio de 2014 e maio de 2015, subiu de 4,6% para 6,7% e o IBGE informa que o número de pessoas à procura de vaga chegou a 1,6 milhão, com crescimento de 39% em relação a igual período do ano passado. Dezesseis por cento são jovens.
Quando as coisas iam bem, o governo festejava como seus os números mensais do crescimento do emprego. Era como se cada vaga fosse aberta não pela ação empreendedora dos empresários, mas por decisões do governo. Sabe-se hoje, pela evidência dos fatos, que o governo petista foi um desastre marcado pela irresponsabilidade fiscal e pela decadência moral. Agora, quem desemprega são as empresas. Ah!
Além dos que vicejam à sombra do governo e a tudo aplaudem, há um grupo de pessoas, raramente mencionadas, que devem estar especialmente exultantes com os males da economia brasileira. Quem são? Você já as ouviu falando. Criticam a sociedade de consumo. Não se desgostam com as filas de Cuba e da Venezuela. Sonham com uma sociedade de demandas mínimas. Talvez seu modelo de vida pudesse ser representado pelas comunidades menonitas, mundialmente conhecidas como amish, que rejeitam os bens produzidos pela indústria e pela tecnologia. Os amish brasileiros, porém, são fake, vão às compras como todo mundo e certamente gostam de ganhar presentes. Mas condenam a sociedade de consumo, típica do capitalismo.
Seus motivos são ideológicos. Como resulta impossível comparar os bens sociais, tecnológicos, científicos, culturais e econômicos do capitalismo com os do socialismo e do comunismo, eles rejeitam o efeito para reprovar a causa. Esquecem-se de que empregados e desempregados, empreendedores de todos os níveis, e até os servidores públicos cujo pagamento depende dos impostos incidentes sobre a riqueza gerada no país, estão torcendo para que se retomem as condições necessárias ao crescimento da produção e da demanda. Ninguém quer viver como amish! Por que será que os países comunistas estão completamente fora dos fluxos migratórios de que hoje tanto se ocupam os governos do Ocidente?
Por uma questão de justiça, em tempos de crise, assim como os eleitores do PT deveriam pagar mais impostos para cobrir os estragos do governo que elegeram e reelegeram, os adversários do consumo alheio deveriam ser priorizados na hora do desemprego, não é mesmo?
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
EL SONAR DELE CAMPANE
EL SONAR DELE CAMPANE.
Honório Tonial
- Tosati, su dal cucio, che lè ora de ndar al paese.
El caval Dolar, la ègoa Tigre e el me Petisso bianco i è belche in stala co la pansa piena de spagna.
I colombi i verdea el beco, sussurando lamurie festive. E la luna la guidea le stele in medo ale nùgolete de bombaso.
Infornie le bèsie, col bassiero, la carona, la sela el spansal, i pelegri e la badana bisognea rangiar le stafe conforme la longhessa dele gambe dei cavalieri.
No podea mancarghe el sicoto o na bacheta de codogner..
- Gaveo fato el Segno dea Crose? Dimandea el pupà che lera religioso.
In pochi menuti gèrimo vestidi e pronti par viair i sete chilòmetri dea stradela streta, piena de sassi,diverse rive , tante voltade in meso el mato.
Due toponi i ga travessà el trodo e la egua Tigre, pasarignera, la ga supia forte!
Dal montesel dea foresta el sol e ga semenà i primi ragi, anunsiadi par la sonora sifolada dea coaieta vigilante.
Le simie, insima i pini le ga scominsià la so spaurosa cantoria e i papagai serani i ga scominsià a zolar martelando con le ose rauche.
Se respireia la àrieta fresca, profumada de fiori dea selva.
Su par el monte de Fracasso, el Petisso el se ga fermà parché el spansal el se gavea smolà.
Alora son dismontà e Ricardo, me gradel pi vecio, el ga rangià el fornimento.
Par strada gavemo incontrà divers persone che le se ga imucià e ghé saltà fora na vera procission.
Bèstie de tanti colori, montade par veci, zoveni, giuventù, uno o laltro bambin in brasso dea mama, senatada ntel so selin.
I tosati e le tose i scomissiea a far el so grupeto, profitando par far morose.
El ciacolamento el se misturea a le ridade e a le tosside.
Fin che semo rivai al paese.
ln paese i costumea viver così parché i laorea ntele fàbriche, ntele indùstrie , ntele case de negòssio, ntele ofissine ..
Semo rivai ala cesa e gavemo ligà le bestie ntel stangon fato aposta.
Le campane le gà scominsià a sonar.
Parea che el so blimblon el vignia dal celo!
Me ghè vignisto su el pel de oca.
No gavea mai scoltà sta armonia musical!
Le colombe e le rondinele, zolando a le sgoelte, le parea ringrassiante.
Trè moneghete le ndea su par la scala, in prèssia, par no perder el scomìnsio dea serimonia.
Ntea ora dea consacrassion, el sonar dele campane el ga riornà con tanta intensità che le persone le sbassea la testa, indenociadi e i ceregheti i sonea el campanel, tignindo alsadi i paramenti del piovan in segnal festivo.
Semo ritornai dopo messa ed, par strada, me parea de scoltar, nantra olta, quele divine sonade.
De note me gò insonià e me parea s coltar el ribombo del campanil.
Honório Tonial
- Tosati, su dal cucio, che lè ora de ndar al paese.
El caval Dolar, la ègoa Tigre e el me Petisso bianco i è belche in stala co la pansa piena de spagna.
I colombi i verdea el beco, sussurando lamurie festive. E la luna la guidea le stele in medo ale nùgolete de bombaso.
Infornie le bèsie, col bassiero, la carona, la sela el spansal, i pelegri e la badana bisognea rangiar le stafe conforme la longhessa dele gambe dei cavalieri.
No podea mancarghe el sicoto o na bacheta de codogner..
- Gaveo fato el Segno dea Crose? Dimandea el pupà che lera religioso.
In pochi menuti gèrimo vestidi e pronti par viair i sete chilòmetri dea stradela streta, piena de sassi,diverse rive , tante voltade in meso el mato.
Due toponi i ga travessà el trodo e la egua Tigre, pasarignera, la ga supia forte!
Dal montesel dea foresta el sol e ga semenà i primi ragi, anunsiadi par la sonora sifolada dea coaieta vigilante.
Le simie, insima i pini le ga scominsià la so spaurosa cantoria e i papagai serani i ga scominsià a zolar martelando con le ose rauche.
Se respireia la àrieta fresca, profumada de fiori dea selva.
Su par el monte de Fracasso, el Petisso el se ga fermà parché el spansal el se gavea smolà.
Alora son dismontà e Ricardo, me gradel pi vecio, el ga rangià el fornimento.
Par strada gavemo incontrà divers persone che le se ga imucià e ghé saltà fora na vera procission.
Bèstie de tanti colori, montade par veci, zoveni, giuventù, uno o laltro bambin in brasso dea mama, senatada ntel so selin.
I tosati e le tose i scomissiea a far el so grupeto, profitando par far morose.
El ciacolamento el se misturea a le ridade e a le tosside.
Fin che semo rivai al paese.
ln paese i costumea viver così parché i laorea ntele fàbriche, ntele indùstrie , ntele case de negòssio, ntele ofissine ..
Semo rivai ala cesa e gavemo ligà le bestie ntel stangon fato aposta.
Le campane le gà scominsià a sonar.
Parea che el so blimblon el vignia dal celo!
Me ghè vignisto su el pel de oca.
No gavea mai scoltà sta armonia musical!
Le colombe e le rondinele, zolando a le sgoelte, le parea ringrassiante.
Trè moneghete le ndea su par la scala, in prèssia, par no perder el scomìnsio dea serimonia.
Ntea ora dea consacrassion, el sonar dele campane el ga riornà con tanta intensità che le persone le sbassea la testa, indenociadi e i ceregheti i sonea el campanel, tignindo alsadi i paramenti del piovan in segnal festivo.
Semo ritornai dopo messa ed, par strada, me parea de scoltar, nantra olta, quele divine sonade.
De note me gò insonià e me parea s coltar el ribombo del campanil.
Assinar:
Postagens (Atom)