segunda-feira, 24 de março de 2014

ESCÃNDALOS


Escândalo da Petrobrás é a mais recente investida midiática (Reprodução/Charge do Clayton/O Povo) eterna vergonha nacional
A sucessão de escândalos no país da impunidade
As semelhanças entre uma estatal que compra errado e um helicóptero cheio de cocaína
por Claudio Carneiro

24 de março, 2014

fonte | A A A Como um menino que é solto num quarto cheio de brinquedos novos e fica tonto de euforia sem saber com qual começa a brincar, o país vive às voltas com uma série de escândalos e não sabe qual deve investigar primeiro.
Em vez de perdermos mais tempo com os que vão ficar impunes, como o caso dos mensaleiros ou os PMs que fizeram carne moída da favelada Claudia Silva Ferreira, talvez devêssemos centrar todas as baterias em dois apenas, quem sabe, e ver a justiça finalmente ser feita.
Dois crimes bem investigados – e com responsáveis punidos – já seria um avanço. Assunto que a cada dia vai ficando mais esquecido é aquele do helicóptero do senador Zezé Perrella (PDT-MG) apreendido com 443 kg de pasta base de cocaína, assunto criminosamente abandonado pela grande imprensa. Conseguiria o leitor se livrar de problema semelhante se em seu carro fossem encontradas ao menos vinte gramas da mesma droga?
Outro episódio que merece uma atenção especial, para chegar às últimas consequências – é este escandaloso envolvimento da Petrobras na compra de uma refinaria por preço dez vezes mais caro que seu valor real. A presidente Dilma Rousseff se esquiva dos jornalistas mas não poderá driblar a verdade a vida toda. O caso é muito mais do que suspeito. Basta puxar um fio do novelo e ver o envolvimento de gente muito próxima ao governo. A presidente – que foi alçada ao Planalto por sua suposta eficiência, não percebeu que o negócio era desastroso.
Não pense o leitor que o O&N faz pouco caso do episódio que matou a servente Claudia. Existe uma enorme caixa preta na relação da Justiça com a Polícia Militar em nosso estado. A juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, não rezava pela cartilha. Foi assassinada em Piratininga, em Niterói, por policiais militares.
O PM Adir Serrano Machado, um dos três que deixaram o corpo desta mãe de família ralar no asfalto – tem treze registros de homicídio em sua ficha. Num país sério seria considerado um serial killer. Aqui, já ganhou as ruas, mesmo diante da indignação popular, graças à decisão da juíza Ana Paula. Como resultado, os parentes da pobre Claudia terão de mudar de bairro, quiçá de estado para viver em paz.
E, amanhã, tudo será como antes.

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