quarta-feira, 9 de setembro de 2015

LULA na Argentina

a inaugura UPA na Argentina com candidato kirchnerista nesta quarta
O ex-presidente está em Buenos Aires, onde fará campanha para ajudar a eleger o candidato de Cristina Kirchner à presidência, Daniel Scioli
8 de setembro, 2
Enquanto no Brasil a popularidade do PT vai por água abaixo graças aos escândalos de corrupção, a figura de seu maior ícone, o ex-presidente Lula, segue inabalada na Argentina, onde o petista nunca deixou de ser “o cara”. Prova disso é que Lula viajou a Buenos Aires esta semana para emprestar sua imagem ao candidato kirchnerista à presidência, Daniel Scioli, na reta final da campanha eleitoral daquele país.
A ideia é que Lula apareça em eventos públicos ao lado de Scioli para reforçar sua imagem de homem de Estado e ajudá-lo a vestir a faixa presidencial após as eleições de 25 de outubro. Scioli é o favorito para assumir o cargo ocupado atualmente por sua mentora e presidente, Cristina Kirchner.
O presidente boliviano Evo Morales, outra figura muito respeitada na Argentina, também está em Buenos Aires para ajudar na campanha de Scioli. O caminho dele rumo à vitória nas urnas parecia certo poucas semanas atrás, mas transformou-se em um percurso cheio de obstáculos graças a inundações ocorridas em Buenos Aires enquanto Scioli, atual governador da província, passava as férias na Itália.
Para contornar a situação, Lula será visto com Scioli em atos na quarta e quinta desta semana, inclusive na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em José C. Paz, na província de Buenos Aires na quarta-feira. O projeto importado do Brasil é reivindicado por Scioli como essencial para seu governo.
Na quinta, Scioli acompanhará Lula a universidades da capital, onde o ex-presidente receberá mais dois títulos de doutor honoris causa. Com as honrarias, Lula alcança 11 títulos de doutor apenas de universidades argentinas. Ao todo, o ex-presidente já tem mais de 27 títulos semelhantes.
Continuação do governo Kirchner?
O governador de Buenos Aires vive uma saia-justa. Embora não seja considerado um homem de esquerda – ele pertence à ala mais direitista do peronismo –, foi escolhido pelo partido de Cristina para sucedê-la, tornando-se automaticamente uma referência para os governos de esquerda latino-americanos aliados dos Kirchner. Scioli depende dos votos de kirchnerismo, que deseja controlar os rumos da Casa Rosada. O governo escolheu a dedo seu vice, Carlos Zaninni, o político mais fiel dos Kirchner há 30 anos, e aprovou uma lei no Congresso para não permitir que um futuro governo venda ações de empresas públicas ou nacionalizadas sem dois terços dos votos dos parlamentares.
Algumas pesquisas de opinião na Argentina indicam que se Scioli não ganhar no primeiro turno, sua derrota no segundo turno é quase uma certeza porque toda a oposição se uniria. Nesse contexto, o apoio de Lula e Evo é considerado vital para ajudar a eleger Scioli no dia 25 de outubro.

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