segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Brasil está na UTI

14 de Setembro, 2015
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O texto, no entanto, rebate a tese do impeachment de Dilma (Foto: Flickr/Justo Ruiz)
AGONIA ECONÔMICA
‘Brasil é um doente em estado terminal’, diz Financial Times
Jornal britânico afirma que a economia brasileira sofre de estresse extremo e diz que o sistema político do país apodreceu
14 de setembro, 2015
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“Se o Brasil fosse paciente de um hospital, os médicos o classificariam como um doente terminal. Os rins não funcionam mais, e o coração vai parar em breve”. A afirmação consta em um artigo publicado no último domingo, 13, no Financial Times. Segundo o jornal, ela foi dita em condição de anonimato por um senador do PT que acompanhou a ascensão e a queda da economia brasileira ao longo dos 13 anos em que o partido está no poder.
“A economia do país está uma bagunça. O Brasil, em sua maior recessão desde a Grande Depressão, verá a economia encolher quase 3% este ano e 2% em 2016. As contas públicas estão em desordem: este mês, o governo, pela primeira vez desde o retorno da democracia, apresentou um orçamento com déficit primário para 2016”, diz o jornal.
Segundo o texto, essa é uma das razões para a decisão da agência de risco Standard and Poor’s (S&P) de tirar o grau de investimento do país, em outras palavras, o selo de bom pagador. Se mais uma agência de classificação de risco fizer o mesmo, muitos investidores estrangeiros abandonarão o país, o que tornará o cenário ainda pior. Para o FT, o Brasil sofre o princípio de um quadro de estresse extremo.
No entanto, segundo o jornal, o principal motivo para a decisão da S&P’s não foi a deterioração econômica, mas sim a crise política no país, que isolou a presidente Dilma Rousseff, a fez ser rejeitada por parlamentares do próprio partido e a tornou a presidente mais impopular da história do país. Para completar, o Congresso está mais preocupado em “salvar a própria pele do que combater a corrupção”. Com isso, o sistema político do país apodreceu completamente.
pesar disso, o texto rebate a tese de impeachment, afirmando que impopularidade não é um motivo suficiente para a medida, pois “se fosse, Fernando Henrique Cardoso não teria terminado seu segundo mandato”.
“Não há qualquer evidência que prove que Dilma se beneficiou do esquema de corrupção da Petrobras. É verdade que ela pode sofrer impeachment por outros motivos, como a reprovação das contas, mas isso apenas resultaria na substituição de um político medíocre por outro. Na linha de sucessão, está o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha. Os dois últimos enfrentam acusações de corrupção”, diz o jornal.

Fontes: Financial Times-Brazil’s terrible fall from economic grace

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