sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

PAIS DAS DIFERENÇAS

detalhe que faz a grande diferença

Inspirados pelos exemplos que não saem dos jornais, brasileiros de todos os escalões também se acham no direito de pregar uma pequena inverdade

No país da fraude e da mentira, o detalhe que faz a grande diferença
Todas as classes estão, de alguma forma, descumprindo os mandamentos de 'não roubar' (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
No território livre da mentira, da fraude e da falsidade ideológica em que se transformou o Brasil, mudar a versão ficou tão fácil quanto mudar de
cor ou de sexo. Talvez inspirados pelos exemplos que não saem das primeiras páginas dos jornais, os brasileiros de – de todos os escalões – também se acham no direito de pregar uma pequena inverdade para tirar proveito – como é o caso daqueles que foram beneficiados pelo “Minha casa, Minha Vida” mesmo já tendo um outro imóvel anteriormente. Os exemplos são muitos e não param por aí.
Executivos de bancos, secretários da administração pública, dirigentes de clubes e federações esportivas, promotores, policiais, atletas, enfim, todas as classes estão, de alguma forma, descumprindo os mandamentos de “não roubar”, “não levantar falso testemunho” ou “não cobiçar as coisas alheias”. No “Vale tudo tupiniquim” tudo não passa de um pecadinho só.
Em recente seleção para a carreira diplomática, por exemplo, a Procuradoria-Geral da República no Distrito Federal (PGR-DF) recomendou que fosse aberta ação civil pública para verificar porque candidatos brancos se autodeclararam negros – aproveitando das benesses do sistema de cotas –
com o objetivo de obter uma vaga no Itamaraty com mais facilidade e com salário inicial de R$ 15.005,26. Como diz o verso “Bunda de mulata,
muque de peão” da canção “Eu sou neguinha”, de Caetano Veloso, temos todas as cores e todos os sexos.
A verificação da falsidade também passa pelos banheiros públicos e é discussão para o Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou parecer ao STF defendendo que transexuais tenham o direito de usar banheiros públicos femininos. Caberá aos onze sisudos ministros do Supremo julgar o recurso de uma transexual que pede indenização por ter sido impedida de usar o banheiro feminino num shopping center em Florianópolis.
Disse o procurador: “Impedir que alguém que se sente mulher e se identifica como tal de usar o banheiro feminino é, sem dúvida, uma violência”. Mesmo que esse alguém traga na intimidade um detalhe que faça grande diferença…

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