quinta-feira, 3 de março de 2016

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PRÉ-SAL

Petrobras continua prioritária

Senado aprova mudança no regime de partilha do pré-sal, mas governo ainda pode dar preferência à Petrobras em nome da 'preservação do interesse nacional'

Petrobras continua prioritária
Estatal tem nível de endividamento de mais de R$ 500 bilhões (Foto: Wikipédia)
No seu pronunciamento na tribuna do Senado Federal na quarta-feira, 24, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) lembrou que o PLS 131/2015 (projeto que muda o regime de partilha do pré-sal e que foi aprovado pela Senado na noite de quarta), de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), muda apenas a obrigatoriedade da Petrobras investir pelo menos 30% em todos os campos do pré-sal. Mas não muda o Artigo 12 da Lei 12.351 (clique aqui) que diz que o governo pode usar a “preservação do interesse nacional” para contratar diretamente a Petrobras e não fazer licitação alguma.
Leia também: Dilma aceita mudar regime de partilha do pré-sal
Os que se posicionaram contra a proposta aprovada no Senado insistiam em não falar do Art. 12 da Lei 12.351 e afirmaram, de forma equivocada, que o Brasil está vendendo ou dando de graça a sua soberania e os campos do pré-sal.
O mais bizarro, vou repetir, bizarro, é que, apesar de termos feito a maior capitalização do mundo da Petrobras, em 2010, a empresa hoje tem um nível de endividamento de mais de R$ 500 bilhões que exigirá um programa de desinvestimento com os preços dos ativos baratos e, pior, mais cedo ou mais tarde, o governo aumentará ainda mais a dívida bruta para capitalizar, novamente,  a Petrobras.
Aumento de dívida significa que todos nós teremos que pagar mais impostos. Mas muitos representantes da esquerda defenderão que se você pagar mais impostos será bom para a Petrobras e para o Brasil. É claro que essas pessoas são a favor do Brasil, ou não?
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