quarta-feira, 13 de abril de 2016

CRISE ECONÔMICA


CRISE ECONÔMICA

Uma análise do cenário econômico brasileiro

Pela primeira vez, o Banco Central admite que a inflação deste ano vai ficar acima do limite estipulado

Uma análise do cenário econômico brasileiro
É provável que este ano seja o terceiro consecutivo em que o governo não separa dinheiro algum para pagar seus credores (Foto: Wikipedia)
Em anos recentes, a economia do Brasil tem, no mínimo, desapontado. Cresceu uma média de 2.2% ao ano durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff entre 2011 e 2014, uma taxa de crescimento mais lenta do que a maioria de seus países vizinhos, sem mencionar lugares como China ou Índia.
No ano passado, o PIB encolheu 3,8%, e espera-se um movimento similar em 2015. O consumo doméstico registrou a primeira queda anual desde que o PT subiu ao poder em 2003. Ao mesmo tempo, os gastos públicos aumentaram. Em 2014, durante a campanha de Dilma pela reeleição, o déficit no orçamento do governo federal dobrou para 6.75% do PIB; deste então, cresceu mais 4%.
É provável que este ano seja o terceiro consecutivo em que o governo não separa dinheiro algum para pagar seus credores: a meta para o superávit primário, que exclui os juros da dívida, foi cortada de 0,5% para praticamente nada, e o governo está tentando criar espaço para outro déficit primário.
A dívida líquida de 70% do Brasil pode parecer ínfima quando comparada com a de 197% da Grécia ou a de 246% do Japão. Mas as taxas de juros em 14% tornam os empréstimos mais caros. Pagamentos de dívidas abocanham mais de 8% da produção. Para permitir que comércios e consumidores façam empréstimos a taxas menos exorbitantes, bancos públicos vêm oferecendo empréstimos subsidiados – estes passaram de 40% de todos os empréstimos em 2010 para 55%.
Enquanto o governo relaxava as políticas fiscais, o Banco Central cortou, prematuramente, suas taxas de juros de referência em 2011-112. Isso incentivou a inflação, que agora está bem acima do limite auto-determinado de 6.5% do BC, e muito acima da sua meta de 4.5%. Nesta quinta-feira, 31, pela primeira vez, o Banco Central admitiu que a inflação deste ano vai ficar acima do limite estipulado, em 6,6%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Se esta projeção se confirmar, será o segundo ano consecutivo que o teto inflacionário é ultrapassado, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, terá de se explicar em carta aberta ao ministro da Fazenda

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