sexta-feira, 22 de abril de 2016

OS TRAIDORES


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FAXINA NELES

Os traidores da pátria

Revista 'Economist' culpa toda a classe política pelo fracasso do país e propõe uma renovação

Os traidores da pátria
Dilma cumprimentando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na abertura do Ano Legislativo, no Congresso Nacional, em fevereiro deste ano (Wilson Dias/Agência Brasil)


A implosão política e econômica do Brasil é tema da reportagem de capa da última edição latino-americana da revista Economist. Intitulada “A grande traição”, a reportagem atribui a situação calamitosa do país não apenas à presidente Dilma Rousseff, mas à toda a classe política, através de uma combinação de negligência e corrupção.
“Os líderes do Brasil não irão reconquistar o respeito de seus cidadãos ou superar os problemas da economia a menos que haja uma faxina completa [em Brasília]”, diz.
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A Economist prenuncia a saída de Dilma no curto prazo e propõe que o Brasil não chore por ela, uma vez que sua incompetência transformara uma situação econômica difícil em algo incomparavelmente pior. “Seu Partido dos Trabalhadores é a força motriz por trás de um esquema de corrupção gigantesco, centrado na Petrobras, que canalizou o dinheiro de empreiteiros para políticos e partidos”, diz.
No entanto, a revista também chama a atenção para o “alarmante” fato de que muitos daqueles que estão batalhando pelo afastamento da presidente são ainda mais corruptos e irresponsáveis que os governistas.
Não há maneiras rápidas de consertar tudo isso, diz a revista, atribuindo as raízes da disfunção política brasileira à sua economia escravocrata do século 19, à ditadura do século 20 e a um sistema eleitoral ultrapassado que requer campanhas ruinosamente caras enquanto protege os políticos de responsabilização.
“Em qualquer outro país, essa combinação de crise econômica e conflito político levaria à combustão. Contudo, o Brasil tem reservas notáveis de tolerância”, elogia a Economist, acrescentando que os brasileiros têm mantido sua raiva sob controle, apesar de estarem divididos. “As últimas três décadas sugerem que o país pode suportar uma crise sem recorrer a golpes ou colapsos. E aqui, talvez, haja um pingo de esperança”.

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