sexta-feira, 2 de maio de 2014

MÉDICOS BRASILEIROS

médicos cubanos
Com as constantes quedas de popularidade e diante de uma crise político-partidária sem precedentes, a presidente do país resolveu abrir o verbo
por Claudio Carneiro
2 de maio, 2014
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A linguagem é uma fonte de mal-entendidos, já dizia a raposa ao príncipe no clássico de Antoine de Saint-Exupéry. Nada mais inadequado para resolver um problema do que entrar num bate-boca. Sem pensar, e no ímpeto de defender suas posições, uma pessoa acaba enfraquecendo seus argumentos com afirmações e atos impensados.
Atônita com as constantes quedas de popularidade e diante de uma crise político-partidária sem precedentes, a presidente do país resolveu abrir o verbo contra os médicos brasileiros alegando que os profissionais de saúde vindos de Cuba são mais atenciosos.
Antes de mais nada, o comentário infeliz demanda um pedido de desculpas. Evidente que esta afirmação afronta toda uma categoria que tem na excelência de formação e no trabalho abnegado suas mais importantes características? diferentemente da classe política brasileira, por exemplo ? se fôssemos fazer uma comparação na base do bate-boca.
Hoje – e sempre -, o médico brasileiro tem, e teve, melhor formação do que seu colega cubano, além de mais acesso a fontes de atualização ? como a internet, por exemplo (privilégio de pouquíssimos em Cuba) – e, ainda, melhores ganhos.
Não condiz com a verdade a afirmação da presidente de que os médicos cubanos sejam mais requisitados pelos prefeitos no país por serem mais atenciosos. Sujeitos a um esquema de trabalho ? vinculado com Havana ? que se assemelha à escravidão, os médicos cubanos custam menos e a conta ainda é paga pelo Governo Federal. Esse é seu único diferencial.

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