quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
O fundo do poço: Lula convoca “exército do MST”
para brigar na rua contra o País
A começar pela pancadaria na rua entre militantes do PT e manifestantes
que pediam “fora Dilma”, o ato intitulado “Em defesa da Petrobras”, na
Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio, foi o que se esperava: uma
reunião de canalhas.
Em seu discurso de cerca de 30 minutos, Lula, que chegou depois da
briga, disse “grandes novidades”: opositores e imprensa tentam criminalizar o
PT. Leiam alguns trechos:
“O que estamos vendo é a criminalização da ascensão de uma classe social
nesse país. As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite.”
“Nossa querida Dilma tem que levantar a cabeça e dizer: eu ganhei as
eleições. E governar o país. Não pode ficar dando trela senão ficamos
paralisados. Nós ganhamos a eleição e parecemos envergonhados. Eles perderam e
andam por aí, pomposos.”
“Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso. Defender a
Petrobras é defender a democracia e defender a democracia é defender a
continuidade do desenvolvimento social nesse país. Quero paz e
democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o
exército dele nas ruas.”
Ou seja, o cara perdeu tudo e agora quer guerra. E isso é uma
ameaça séria, inconcebível de ser dita por alguém que ainda tem ascendência
sobre o povo. Enfim, se ele quer porrada, pelo que eu vejo da disposição de quem
já não agüenta mais esse caos, vai ter!
Mas não foi só o apedeuta que vomitou besteiras. Antes do discurso
de Lula, o ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que foi candidato a deputado
federal pelo PT, fez duras criticas à condução dos processos da Operação
Lava-jato pelo juiz Sergio Moro e os procuradores envolvidos. Ele afirmou que
as delações premiadas eram fruto de “chantagem”, obtidas a partir de tortura
psicológica dos presos, que teriam direitos constitucionais desrespeitados. Ele
afirmou que se Moro e os procuradores descrevessem esses métodos em um exame da
OAB não seriam aprovados.
Finalizando, a fina flor da canalhocracia também bolçou de montão e, é
claro, também sobrou pro FHC:
“Nós ganhamos as eleicões nas ruas e agora eles nos derrotaram no
Congresso e na mídia. Só temos uma forma de derrotá-los, que é indo para as
ruas. Agora que quero mandar um recado para esse aí, que é o maior lider
popular do país. Lula, esquece o instituto. Venha para as ruas. O povo
brasileiro está pedindo que você recupere o velho Lula. Venha fazer as
caravanas, venha para as ruas.”
João Pedro Stédile, líder do MST, convocando os movimentos sociais para
uma série de manifestações no próximo dia 13 de março em defesa da Petrobras.
“Por trás disso há um interesse fundamentalmente do mercado
internacional de privatizar a Petrobras, tomá-la do povo brasileiro. Não
queremos parar CPI, só achamos que tem que ter investigação sobre tudo no
Brasil. E não temos dúvida de que a malversação da Petrobras começou no governo
antecessor de Lula, de Fernando Henrique Cardoso.”
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.