quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

OS PRISIONEIROS

À espera de algumas explicações

Ao final do depoimento de João Santana, nesta quinta-feira, investigadores da Operação Lava Jato se reuniram para uma avaliação sobre o que ouviram de Mônica Moura e do próprio Santana. E nesta sexta-feira, eles vão decidir se os dois estarão liberados ou se será pedida a prorrogação da prisão deles   a renovação da prisão temporária ou que seja transformada em preventiva, que é sem prazo definido, tal como acontece com outros presos, como Marcelo Odebrecht, por exemplo.

A narrativa dos dois chamou a atenção dos investigadores em alguns aspectos. "Eles são gênios da imagem; nada é por acaso", disse um deles ao comentar a postura dos dois ao entrar na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Com mãos para trás como todos os outros presos, mas sem baixar a cabeça e mascando chicletes - nem parecia que estavam indo para a prisão, notou um deles.

Investigadores observaram que João Santana fez questão de dizer que não acompanha os valores dos depósitos feitos nas diversas contas isso ficou com Mônica Moura. Quando apenas um fala em números, elimina-se o risco de contradições. Outro detalhe foi notado por eles: Mônica Moura citou "dinheiro não contabilizado" na campanha da Venezuela, com Hugo Chavez já morto. "A culpa é do morto", brincou um deles. Também chamou atenção o fato de eles não citarem pagamentos aqui no Brasil.

Nestes dias, os investigadores vão conferir o depoimento com documentos que possuem para tentar identificar o que realmente aconteceu e a razão de tamanha movimentação financeira. "Eles contaram uma história e cabe a nós conferir e averiguar os rastros", afirmou.

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