sexta-feira, 10 de junho de 2016

mulher de cunha


em sapatos e roupas de grife

MPF diz que Cláudia Cruz fez compras no exterior com recursos provenientes de contas na Suíça que teriam sido abastecidas com dinheiro de propina recebido pelo presidente afastado da Câmara
10 jun, 2016
de Cunha converteu dinheiro público em sapatos e roupas de grife
Valor gasto é totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de Cláudia Cruz e Eduardo Cunha (Fonte: Reprodução/Agência Brasil)
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 9, o procurador da República Deltan Dallagnol disse que as investigações do Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato concluíram que Cláudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), transformou dinheiro público “em sapatos de luxo e roupas de grife”.
De acordo com o MPF, Cláudia fez compras no exterior com recursos provenientes de contas na Suíça que teriam sido abastecidas com dinheiro de propina recebido por Cunha.
denúncia do MPF contra Cláudia por lavagem de dinheiro e evasão de divisas foi aceita nesta quinta pelo juiz federal Sérgio Moro, e a mulher de Cunha se tornou um dos réus no processo da Lava Jato. Ainda de acordo com as investigações, Cláudia chegou a afirmar que fazia compras de luxo no exterior, com autorização do marido.
Eduardo Cunha afirmou, por sua vez, que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas e que não foram abastecidas por recursos ilícitos. O MPF diz, no entanto, que a tese do presidente afastado da Câmara não se sustenta.
O procurador Deltan Dallagnol citou ainda denúncia contra Cunha apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que aponta o caminho do dinheiro da propina até as contas usadas por Cláudia Cruz.
No despacho em que recebeu a denúncia contra Cunha, Moro questionou os argumentos de Cunha: “Em princípio, o álibi de que as contas e os valores eram titularizados por trustes ou offshore é bastante questionável, já que aparentam ser apenas empresas de papel, sem existência física ou real”.
O relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, Marcos Rogério, afirma que trustes e offshores foram usados pelo presidente afastado para “ocultar” patrimônio mantido no exterior e para receber propina de contratos da Petrobras. Já a defesa de Eduardo Cunha afirma que ele não é dono de contas mantidas na Suíça, porque elas estariam em nome de trustes.
De acordo com o MPF, as compras de luxo de Cláudia Cruz foram pagas com recursos da offshore Köpek. As despesas no período entre 2008 e 2014 ultrapassam US$ 1 milhão. O valor, ainda segundo as investigações, é totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de Cláudia e Cunha.

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