quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Opinião

Grita Brasil
Literalmente Bolsa Família!
Depois de importar médicos de Cuba, governo está importando beneficiários para o Bolsa Família do Uruguai
por Claudio Schamis

19 de dezembro, 2013

fonte | A A A
Pegadinha da Bolsa Família! Rá, yeh, yeh, glu, glu, salsi fu fu!
Segundo o Houaiss, uma das definições para a palavra “família” é grupo de pessoas unidas por convicções ou interesses. Bingo! É exatamente disso que se trata o programa Bolsa Família, levando-se em conta os casos de exceção.
Não estou aqui julgando o programa em si, que realmente ajuda muitas pessoas. Porém, estou aqui julgando o descontrole do governo em tornar o programa realmente o que ele deveria ser: um benefício para ajudar quem realmente precisa.
Na prática não é bem isso o que acontece. E talvez esteja aí a razão marqueteira para que a Bolsa se chamasse Família.
Ele realmente é usado para ajudar famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em todo o país. E em alguns casos atravessando até fronteiras.
O governo Lula e agora Dilma batem no peito com orgulho dizendo que o Bolsa Família é a menina dos olhos do PT. E é, mas é também, o menino, o pai, a mãe, o avô, a avó, o cachorro, o papagaio, o funcionário da prefeitura, o morto e o estrangeiro.
Depois de importar médicos de Cuba, o governo agora está importando beneficiários para o Bolsa Família do Uruguai. Pero que no. Pero que si.
É aquela coisa, quando a esmola é boa o santo desconfia. E o “santo” aqui é claro desconfia desde o começo. Enfim…
Depois a Dilma vai falar que não sabia de nada, que tudo não passa de um malfeito de um ou outro funcionário que pode ter errado na hora de digitar e que isso deve ser combatido sempre. Me engana que eu gosto, Dilma!
A coisa é tão descarada, é tão nojenta, que dá nojo.
A Polícia Federal descobriu uma fraude no programa Bolsa Família na região da fronteira com o Uruguai. Entre os beneficiários estão uruguaios que vivem do lado de lá da fronteira, mas que “moram” do lado de cá. Um mora num terreno baldio, outro numa caixa d´água e outro em cima de uma antena de telefonia. Não são apenas três casos. Há mais. Esses são somente para ilustrar o que é feito. Esses beneficiários seriam eleitores na cidade gaúcha de Barra do Quarai. E por que eles estariam fazendo isso? Pelos lindos olhos da Dilma? Pela barba fofa do Lula? Claro que não. Pela grana! Aí você se pergunta, tá, mas e daí? E daí que a contrapartida é que eles se inscrevam na Justiça Eleitoral como eleitores e que é obvio ululante depositariam seus preciosos votos para quem presta esse ato de solidariedade. Uma mão lava a outra e o dedo diz sim para aquela pessoa na urna. É simples assim.
É claro que vão falar e muito que uns deslizes desses não podem manchar a grandiosidade que é esse programa. Mas não creio que seja o programa que é manchado, e sim quem não o controla como deveria ser controlado.
Eu até sugeriria que criassem o Bolsa Troca. Seria mais honesto. Eu te dou o benefício e você vota “nimim”.
Mas que criem também o Bolsa Missa que seria dado aos mortos e em contrapartida seria realizada uma missa para a alma daquela pessoa tão caridosa, que mesmo morta está ajudando seus semelhantes. Como por exemplo a nossa querida Marcia Ortiz Dedeco, que faleceu em 2010, mas que continuou sacando até janeiro de 2013. Sua irmã, que por acaso trabalha na secretaria de Assistência Social, onde é feito o cadastro para o programa nesse município, não soube explicar, mas acho que ela deve achar que é algo divino. Uma atitude de uma santa.
Sem esquecer do Bolsa Funcionário da Prefeitura ou do Bolsa Eu Acho Que Era Meu Benefício, como achava (ou acha) a funcionária da prefeitura Eliane da Silva Senoranes, que afirmou que o cadastro está meio irregular – imagina então como deveria ser inteiramente irregular – porque ela não arrumou há alguns meses. Sabe como é, tanta coisa para arrumar, que ela resolveu deixar um pouco de lado essa besteira que é o cadastro de quem deve ou não receber, mas que no caso dela ela sempre achou que tinha direito.
Assim fica tão mais transparente

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