sexta-feira, 2 de setembro de 2016

GRITA BRASIL


GRITA BRASIL

E agora oficialmente falando: “Tchau, querida!”

Os senadores, pelas razões que tiveram, destituíram Dilma do pedestal. Acabou. Vírgula. Acabou a Dilma presidente

E agora oficialmente falando: “Tchau, querida!”
A coluna Grita Brasil vai ao ar às quintas. Hoje, excepcionalmente, na sexta
Demorou, mas chegamos ao grande dia. O dia D de Dilma. E isso nem era para ser um trocadilho. Mas ficou sendo. E não é que ficou bonito? O dia D (de) Dilma cair oficialmente. O dia D (de) do PT ruir de vez. O dia D (de) gritarmos nossa independência. Mas sem a morte. A morte, deixamos para representar o fim da hegemonia de um partido que tomou o país para si por 13 anos e que dilapidou toda uma nação. Que fez o que fez e que achou que ia continuar fazendo. Incólume. Sem sofrer as consequências de seus atos, que nas palavras de Dilma eram apenas malfeitos.
Talvez possa concordar com a agora ex-presidente Dilma. Foi tudo, sim, malfeito. Desde o primeiro dia em que Lula subiu a rampa. A soberba subiu à cabeça. A ganância. O poder.
Sei que uma quase nação via em Lula a salvação dos males do país. Afinal, um metalúrgico ia ser presidente. E foi. Algo nunca antes imaginado. Eu à época tinha medo. Mas nunca torci contra. Apenas não acreditava. Mas queria ter quebrado a cara. Não quebrei. Quem quebrou foi o país.
Entre um passageiro e outro do meu Uber, fui acompanhando tudo pelo rádio, e, em certos momentos cheguei a achar que Dilma ia se safar. Será? Será que o discurso de abertura de Dilma onde ela até chorou não iria sensibilizar os senadores indecisos? Ainda mais que Lula andou circulando por lá. Será que num país onde tudo acontece na política uma virada de mesa não seria algo nem tão surpresa assim? Não teria sido.
Mas felizmente isso não aconteceu. Os senadores, pelas razões que tiveram, destituíram Dilma do pedestal. Acabou. Vírgula. Acabou a Dilma presidente. Mas não sei se influenciados ou não pelo discurso do presidente do Senado, o senador, Renan Calheiros, que até citou uma expressão do Ceará, “Depois da queda, o coice”, para ilustrar que a Dilma não merecia ficar inelegível, os senadores votaram a favor de Dilma poder exercer outro cargo público. Ou seja, no final das contas ficou barato pra Dilma e caro para nosso país. Pois segundo o outro discurso de Dilma pós-impeachment, ela não sossegará, ela lutará com todas as forças, pelo país, blá, blá, blá.
Mas fico me questionando até que ponto senadores indecisos tomaram sua decisão apenas nos fatos ou se rolou algo nos bastidores. Troca de favores, promessas de cargos. E não me venha dizer que todos votaram de peito aberto vendo o estrago feito e votando conscientemente. Fico me questionando também, se a votação não fosse aberta, se realmente o resultado seria esse. Já não sei responder isso com convicção. O político de hoje não tem convicção. Alguns podem até ter. Mas sinto que ele é levado para cá, para lá conforme a música vai tocando. Conforme as oportunidades vão surgindo.
Cansei de me iludir achando que ser político é sair em busca do que é melhor para o país. Sei que não é assim. Sempre existe o jogo do você me ajuda aqui que eu te ajudo lá. Mesmo que aqui não seja o que você acha que deveria ser.
É triste perceber isso. E sentir isso. Ainda mais agora que já estamos dentro da campanha para a escolha de vereadores e prefeito.
Quando escuto o candidato falar é como um déjá vu. Já ouvi isso antes. Onde foi mesmo?
Se as promessas continuam as mesmas é porque há algo errado e não no reino da Dinamarca, é aqui mesmo. Falo isso baseado na minha cidade, o Rio de Janeiro, mas tenho total certeza de que não é uma coisa só nossa. Com certeza é de todos os estados.
Se os políticos continuam a prometer sempre as mesmas coisas é porque ou nada foi feito na gestão anterior, ou porque deixaram muito a desejar.
Vou fazer 314 escolas, a violência é algo inconcebível, se eu for eleito… O povo não pode ficar sem saúde. No meu governo vou fazer e acontecer. Você eleitor pode confiar que vou melhorar o transporte público, vou fazer creches, e blá, blá, blá.
E falando em promessas…
E agora, Temer?
O ex-presidente interino e atual presidente Michel Temer terá 2 anos e 4 meses para cumprir suas promessas de tirar o país do atoleiro, do limbo.
Não pensem que agora que o PT morreu que a coluna Grita Brasil morreu junto. Que acabou o que era doce. Que acabou o assunto. Alegrem-se defensores de Dilma, Lula & Cia, alegrem-se membros da quadrilha. Vou continuar gritando, atento, ligado e cobrando. Não pensem que meu problema era só com o PT. Meu problema na verdade é com quem quer desconstruir o nosso país, com quem não olha para o povo com o olhar de preocupação do que nós estamos precisando.
Presidente Michel Temer, é bom Vossa Excelência fazer jus e usar direito todo o poder que lhe foi constituído, apesar da forma como foi.
Sua tarefa não é fácil. Ainda mais fazendo tantas promessas assim. E tendo todo o PT e sua militância agora como oposição. Inclusive a Dilma.
Se você ama esse país, faça por onde. Não deixe o país pior do que já está, se é que isso é possível. Não dê esse gostinho para seus opositores que irão usar todo o seu desastre, todas as suas atrapalhadas, e promessas não cumpridas como ponte para voltarem ao poder. Não deixe isso acontecer. Lute por construir algo bom.
Boa sorte presidente Michel Temer. E boa sorte para nós, brasileiros e brasileiras.
Salve as baleias. Não fume em ambientes fechados. Não jogue lixo no chão.

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