Resposta do General Torres de Melo à carta da
jornalista.
À Senhora Jornalista Miriam Leitão
Li o seu artigo
"ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas,
que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem
diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. Penso que esse é o ponto
central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora
escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares
brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em
dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem
fazer". Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela
uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus
camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar
a minha tese.
No Império, as
LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio
Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram
restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o
Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as
leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.
Vem a queda do
Império e a República.. Pelo que sei, e a História registra,
foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e
Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as
oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e
a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das
revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais
democrático e justo. Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem.
Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a
revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos
Prestes, que abraçou o comunismo russo.
Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.
Veio a segunda
guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao
primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois
àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para
dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental
fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por
imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi
invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios
(35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador
- caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a
intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares
de Ontem para manter a ordem. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se
o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a
transição. Não se impôs MILITAR algum.
O mundo
dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de
imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus
celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho
certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.
O período Dutra
(ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros -
NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana. A colocação
do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por
inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e
não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o
"livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas
ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A
senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles
idos..
Novo período de
Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu
CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos
de Getúlio o levaram à desgraça. Os Militares de Ontem não se envolveram no
caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração
pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.
Eram
os políticos que se digladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da
balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares
de Ontem os responsáveis pela grande desgraça.
A senhora
permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças
Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Eram os
políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de
Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso
do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do
stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.
Juscelino chega ao fim e seu
candidato perde para o senhor Jânio Quadros. Esperança da vassoura. Desastre
total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem.
Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação
ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no
País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas
pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.
Parlamentarismo,
volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até
Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os
militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello)
recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira.
A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos
Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras
tentando colocar o Exército na luta política.
Revoltas de Polícias Militares,
revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da
Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e
a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e
políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus,
pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a
angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM.
Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em
armas, para garantir as Leis e a Ordem.
Minas desce.
Liderança primeira de civil; era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que
se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel
Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe. Não
sabemos se deles ou nosso. Não vamos ser hipócritas. A senhora, inteligente
como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política
daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas
Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a
esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob
Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada
pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Na
há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é
por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na
perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que
praticou". Violência gera violência
Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA. João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos; e Ulisses não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia. Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.
Diretas já.
Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias
atuais. Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas
desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo.
Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em
roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há
nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais.. O que já se ouve, o que
se escuta é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois
àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se
sabia...Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois
são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre
que preciso.
Os militares não
irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE
OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os
PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do
que os de ontem. São sem ética e sem moral, mas também despudorados. E o
Brasil sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS
POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as
desordens.
Como sei que a senhora é uma
democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os
seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia.
Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no
campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o
vírus de uma reacionária de esquerda.
Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO
EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO.
(Um militar de
ontem, que respeita os militares de hoje, que pugnam pela Lei e a Ordem).
|
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
MILITARES DE ONTEM E DE HOJE
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
A CABEÇA DE CÍCERO
Dez 29 em 8:22 AM
Simplesmente, fantástica a comparação!
Felizmente, esta vida terrena é passageira e pouca valia tem construir "Tesouros Corruptíveis". Muitos, inclusive os que aí estão no Poder, pensam que são imortais. Consideram os 20 anos de Governos Militares, "Anos de Chumbo", "Ditadura", etc e tal. Insistem em propagar que o País vive numa "Democracia Plena" e que os atos de corrupção passaram a ser desvendados e punidos, desde que o PT assumiu o Poder. Esquecem-se, no entanto, de mencionar que todos os envolvidos em falcatruas ou, pelo menos, a grande maioria deles, pertencem aos seus quadros. Ou são petistas de "carteirinha" ou de partidos coligados.
Enfim, todos, absolutamente, todos, um dia terão que ajustar contas de suas nababescas vidas. E aí, haverá "choro e ranger de dentes".
Que Deus, na sua infinita bondade tenha piedade deles, mas, continue "fazendo todas as suas vontades"!
Abraços!
E Feliz Ano Novo!
> Assunto: A cabeça de Cícero
> Impressionante:
> Vale a pena ler e
> meditar.
> Repasso artigo de Sérgio
> Colle (professor da UFSC)...
> Prezados colegas, estudantes, amigos e outros,
> É praticamente uma constante nos discursos filosóficos a
> crença de que os humanos planejam melhor seu futuro quando
> têm conhecimento de sua história. No Brasil, em
> consequência da degradação do ensino em todos os níveis,
> o ensino de História passou a ter um papel secundário,
> cedendo lugar ao discurso ideológico, mais ainda nas
> escolas de ensino médio.
> Aquele que não conhece
> a história política de Roma pode bem surpreender-se com o
> pernicioso costume de compra de votos, de
> deputados e senadores,
> com recursos públicos (no caso de Roma, com dinheiro do
> saque dos tesouros dos países derrotados). Entretanto, quem
> bem conhece a história daquele tempo, muito bem sabe que os
> hábitos dos políticos de hoje são, em menor ou maior
> grau, os mesmos dos políticos daquele tempo e, quanto maior
> a impunidade, mais os hábitos de rapina se repetem.
> Hoje é um dia especial para a História do Brasil, pelo
> fato de o jurista Marcio Thomaz Bastos ter deixado este
> mundo. O Brasil perdeu um jurista, mas a nação brasileira
> foi recompensada, porque foi subtraído de nosso meio um
> habilidoso e dedicado advogado dos corruptos. Como ministro
> da Justiça do governo Lula ele deixou pouco para ser
> lembrado e, por que não dizer, preservou fielmente a
> tradição das masmorras medievais em que se transformaram
> os presídios deste degenerado país.
> Nos últimos tempos, articulava-se ele com um formidável
> esquadrão de juristas, na tentativa de criar armadilhas
> jurídicas para desqualificar o Meritíssimo Juiz Moro,
> responsável pelo processo de investigação em curso na
> PETROBRAS. É dispensável aqui detalhar os milionários
> honorários que esse jurista recebeu para defender os
> criminosos do mensalão. Não faltou esforço para que o
> mais nobre dos juristas do STF, o Meritíssimo Juiz Supremo
> Joaquim Barbosa fosse colocado na defensiva, constrangido e,
> por que não dizer, no horizonte da desmoralização
> púbica, com o único fito de reduzir-se a gravidade dos
> crimes daqueles bandidos petistas com vistas a
> inocentá-los.
> A Ordem dos Advogados do Brasil em coro canta loas ao
> jurista morto. Nada estranho numa organização que é o
> exemplo lapidar do corporativismo no Brasil.
> Essa organização não
> faz qualquer menção referente à estatura ética de Bastos
> que, a meu ver, merece atenta análise, a fim de que se
> estabeleça os limites além dos quais um homem deixa de ser
> jurista para ser mercenário.
> Os populistas, invariavelmente, corrompem a justiça dos
> países, mais atuando para mudar as regras do poder e
> prolongar-se no governo e menos para beneficiar a nação na
> busca da prosperidade através do trabalho honesto. Não
> faltaram cabeças brilhantes na História a bajular chefes
> de estado populistas, vagabundos e assemelhados. Relembro
> que Pablo Neruda fez um poema a Stalin e que Pablo Picasso
> idolatrava esse monstro. Também não faltaram bajuladores e
> oportunistas a cercar Lula e Dilma, a exemplo do louvado
> arquiteto comunista Oscar Niemayer (cognominado jocosamente
> de Mago do Concreto Alheio e conhecido no exterior nos
> últimos lugares da fila dos cem melhores).
> Marcio Thomaz Bastos era uma sombra ao redor dos poderosos,
> sempre pronto para defendê-los, em nome do exercício do
> Direito. Entretanto, podemos dizer que onde ele mais se
> destacou foi perante o povo brasileiro esclarecido,
> precisamente quando defendeu bandidos corruptos e ladravazes
> do dinheiro público. Tais homens tornam-se célebres e
> poderosos. A História nos mostra que a escalada de poder
> desses homens somente pode ser interrompida através de
> processos revolucionários. O regime militar de 64,
> justificado historicamente para defender o Brasil contra os
> traidores comunistas, é um exemplo.
> Nesses regimes, julga-se
> o homem por sua importância política e executa-se o mesmo
> por sua culpa política. Foi precisamente o caso do célebre
> jurista romano Cícero que, em retribuição aos serviços
> jurídicos em prol dos poderosos, recebeu dos senadores
> romanos, à época de Júlio César, nada menos que dezenove
> vilas. A história romana registra que o palácio dele em
> Roma somente era superado em luxo e dimensão pelo palácio
> de Mecenas.
> A decadência romana nos lembra muito bem a podridão
> reinante na política brasileira de hoje, quando ao povo se
> dá a impressão de que o bem público foi a leilão. A
> nação romana daquele tempo clamava por um salvador,
> enquanto que Virgílio proclamava brilhantemente em sua obra
> literária a vinda do mesmo, puro, justiceiro e nobre. Pois
> bem, o salvador aconteceu no nome de Caio Otávio, o filho
> adotivo do assassinado Júlio César.
> Sua administração foi
> tão brilhante que ele foi cognominado de Augusto. Cícero,
> acostumado à corrupção reinante, usou de seu sinete e sua
> habilidade oratória para desmoralizar Augusto, em defesa da
> casta podre de senadores que o fez milionário. Tudo ele
> fazia em nome da república, enquanto enriquecia.
> A história nos conta
> que nas proscrições (ajuste de contas com os conspiradores
> de Júlio César), Cícero foi enquadrado
> como traidor e, sem mercê, decapitado. Suas
> mãos foram pregadas na porta principal do Foro Romano e lá
> permaneceram por seis meses, até apodrecerem.
> Voltando ao jurista brasileiro morto: Se existe algum
> consolo para a nação brasileira, é que dela foi
> subtraído um defensor de corruptos milionários próximos
> ao poder. Para a
> Academia de que faço parte e na qual se julga o homem por
> seus méritos intrínsecos à luz das referências mundiais
> do conhecimento, esse homem não fará falta alguma, mesmo
> porque nas melhores escolas de Direito do mundo ele é
> considerado um ilustre desconhecido.
> Podem nos subtrair a liberdade, mas jamais subtrairão
> nossos sonhos. Esse não era o fim que eu desejava ao Sr.
> Thomaz Bastos. Para ele, na minha ótica de História, eu
> mais desejaria o final destinado a Cícero.
> Saudações universitárias,
>
> Prof. Colle
>
>
> Vale a pena ler e
> meditar.
> Repasso artigo de Sérgio
> Colle (professor da UFSC)...
> Prezados colegas, estudantes, amigos e outros,
> É praticamente uma constante nos discursos filosóficos a
> crença de que os humanos planejam melhor seu futuro quando
> têm conhecimento de sua história. No Brasil, em
> consequência da degradação do ensino em todos os níveis,
> o ensino de História passou a ter um papel secundário,
> cedendo lugar ao discurso ideológico, mais ainda nas
> escolas de ensino médio.
> Aquele que não conhece
> a história política de Roma pode bem surpreender-se com o
> pernicioso costume de compra de votos, de
> deputados e senadores,
> com recursos públicos (no caso de Roma, com dinheiro do
> saque dos tesouros dos países derrotados). Entretanto, quem
> bem conhece a história daquele tempo, muito bem sabe que os
> hábitos dos políticos de hoje são, em menor ou maior
> grau, os mesmos dos políticos daquele tempo e, quanto maior
> a impunidade, mais os hábitos de rapina se repetem.
> Hoje é um dia especial para a História do Brasil, pelo
> fato de o jurista Marcio Thomaz Bastos ter deixado este
> mundo. O Brasil perdeu um jurista, mas a nação brasileira
> foi recompensada, porque foi subtraído de nosso meio um
> habilidoso e dedicado advogado dos corruptos. Como ministro
> da Justiça do governo Lula ele deixou pouco para ser
> lembrado e, por que não dizer, preservou fielmente a
> tradição das masmorras medievais em que se transformaram
> os presídios deste degenerado país.
> Nos últimos tempos, articulava-se ele com um formidável
> esquadrão de juristas, na tentativa de criar armadilhas
> jurídicas para desqualificar o Meritíssimo Juiz Moro,
> responsável pelo processo de investigação em curso na
> PETROBRAS. É dispensável aqui detalhar os milionários
> honorários que esse jurista recebeu para defender os
> criminosos do mensalão. Não faltou esforço para que o
> mais nobre dos juristas do STF, o Meritíssimo Juiz Supremo
> Joaquim Barbosa fosse colocado na defensiva, constrangido e,
> por que não dizer, no horizonte da desmoralização
> púbica, com o único fito de reduzir-se a gravidade dos
> crimes daqueles bandidos petistas com vistas a
> inocentá-los.
> A Ordem dos Advogados do Brasil em coro canta loas ao
> jurista morto. Nada estranho numa organização que é o
> exemplo lapidar do corporativismo no Brasil.
> Essa organização não
> faz qualquer menção referente à estatura ética de Bastos
> que, a meu ver, merece atenta análise, a fim de que se
> estabeleça os limites além dos quais um homem deixa de ser
> jurista para ser mercenário.
> Os populistas, invariavelmente, corrompem a justiça dos
> países, mais atuando para mudar as regras do poder e
> prolongar-se no governo e menos para beneficiar a nação na
> busca da prosperidade através do trabalho honesto. Não
> faltaram cabeças brilhantes na História a bajular chefes
> de estado populistas, vagabundos e assemelhados. Relembro
> que Pablo Neruda fez um poema a Stalin e que Pablo Picasso
> idolatrava esse monstro. Também não faltaram bajuladores e
> oportunistas a cercar Lula e Dilma, a exemplo do louvado
> arquiteto comunista Oscar Niemayer (cognominado jocosamente
> de Mago do Concreto Alheio e conhecido no exterior nos
> últimos lugares da fila dos cem melhores).
> Marcio Thomaz Bastos era uma sombra ao redor dos poderosos,
> sempre pronto para defendê-los, em nome do exercício do
> Direito. Entretanto, podemos dizer que onde ele mais se
> destacou foi perante o povo brasileiro esclarecido,
> precisamente quando defendeu bandidos corruptos e ladravazes
> do dinheiro público. Tais homens tornam-se célebres e
> poderosos. A História nos mostra que a escalada de poder
> desses homens somente pode ser interrompida através de
> processos revolucionários. O regime militar de 64,
> justificado historicamente para defender o Brasil contra os
> traidores comunistas, é um exemplo.
> Nesses regimes, julga-se
> o homem por sua importância política e executa-se o mesmo
> por sua culpa política. Foi precisamente o caso do célebre
> jurista romano Cícero que, em retribuição aos serviços
> jurídicos em prol dos poderosos, recebeu dos senadores
> romanos, à época de Júlio César, nada menos que dezenove
> vilas. A história romana registra que o palácio dele em
> Roma somente era superado em luxo e dimensão pelo palácio
> de Mecenas.
> A decadência romana nos lembra muito bem a podridão
> reinante na política brasileira de hoje, quando ao povo se
> dá a impressão de que o bem público foi a leilão. A
> nação romana daquele tempo clamava por um salvador,
> enquanto que Virgílio proclamava brilhantemente em sua obra
> literária a vinda do mesmo, puro, justiceiro e nobre. Pois
> bem, o salvador aconteceu no nome de Caio Otávio, o filho
> adotivo do assassinado Júlio César.
> Sua administração foi
> tão brilhante que ele foi cognominado de Augusto. Cícero,
> acostumado à corrupção reinante, usou de seu sinete e sua
> habilidade oratória para desmoralizar Augusto, em defesa da
> casta podre de senadores que o fez milionário. Tudo ele
> fazia em nome da república, enquanto enriquecia.
> A história nos conta
> que nas proscrições (ajuste de contas com os conspiradores
> de Júlio César), Cícero foi enquadrado
> como traidor e, sem mercê, decapitado. Suas
> mãos foram pregadas na porta principal do Foro Romano e lá
> permaneceram por seis meses, até apodrecerem.
> Voltando ao jurista brasileiro morto: Se existe algum
> consolo para a nação brasileira, é que dela foi
> subtraído um defensor de corruptos milionários próximos
> ao poder. Para a
> Academia de que faço parte e na qual se julga o homem por
> seus méritos intrínsecos à luz das referências mundiais
> do conhecimento, esse homem não fará falta alguma, mesmo
> porque nas melhores escolas de Direito do mundo ele é
> considerado um ilustre desconhecido.
> Podem nos subtrair a liberdade, mas jamais subtrairão
> nossos sonhos. Esse não era o fim que eu desejava ao Sr.
> Thomaz Bastos. Para ele, na minha ótica de História, eu
> mais desejaria o final destinado a Cícero.
> Saudações universitárias,
>
> Prof. Colle
>
>
sábado, 27 de dezembro de 2014
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
REINALDO AZEVEDO
Se Dilma tiver ao menos 5% de sua grande cabeça ocupada pelo juízo, Graça Foster sai agora. Ou: O Falcão expõe as garras nos Estados
É detestável que a Petrobras me obrigue a interromper aquele que é, a rigor, meu primeiro dia de férias. E por quê? Porque entregaram a empresa a uma quadrilha, e essa quadrilha, por sua vez, era a operadora de um projeto de poder que tem como protagonista um partido político. Já chego lá.
Estava viajando quando o Fantástico foi ao ar. Na noite deste domingo. Assisti à entrevista de Venina Velosa da Fonseca, a executiva da estatal que botou a boca no trombone, na reapresentação do programa, na GloboNews. Se Dilma tiver ao menos 5% de sua avantajada cabeça tomada pelo juízo, Graça Foster amanhece ex-presidente da Petrobras nesta terça. Aliás, a própria Graça poderia fazer um favor à sua amiga e cair fora.
Não resta dúvida: Venina advertiu, sim, Graça para uma série de desmandos na Petrobras. Também José Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento e sucessor de Paulo Roberto Costa, tomou conhecimento das denúncias. Sérgio Gabrielli, ex-presidente da empresa, idem. Os e-mails são evidentes. Se Venina só veio ou não a público em razão de algum ressentimento, isso é irrelevante.
Ela reafirmou todas as suas denúncias na entrevista ao Fantástico, deixou claro que a diretoria sabia de tudo e disse ter fornecido documentos ao Ministério Público Federal. Dilma confia em Graça? Pior para o país. Venina está determinada e parece disposta, se preciso, a enfrentar a presidente da Petrobras cara a cara. Aliás, o comando da emprsa insiste em desqualificar aquela que, até outro dia, era considerada tão competente que até mereceu um alto cargo em Cingapura.
E que se note: o caso de Venina é muito diferente do de seu ex-chefe Paulo Roberto. Ela não é investigada em nada. Contar o que sabe não lhe traz vantagem nenhuma – a rigor, só lhe causa prejuízo. Mesmo assim, sem contar com nenhum benefício futuro, como Paulo Roberto ou Alberto Youssef, decidiu dizer o que sabe.
Venina reafirmou que, ao confrontar Paulo Roberto sobre superfaturamento, este teria apontado para o retrato de Lula, então presidente da República, e para a sala de Gabrielli, indagando: “Você quer derrubar todo mundo?” .É evidente que, ao dizê-lo, o então diretor de Abastecimento sugeria que Lula sabia de tudo.
Não, ouvintes, eu não vou abandonar a minha tese! A Petrobras não é exceção, mas regra. O que se viu na estatal se repete em toda parte. É um método. E quem o comprova é Rui Falcão, presidente do PT.
Neste domingo, no Estadão, Falcão confessa que o partido está mapeando os cargos do governo federal nos Estados para fazer o que ele chama de “recall”. Nas suas palavras: “Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos Estados para saber quem é quem, quem indicou, qual a avaliação que a gente tem disso, e fazer uma proposta (de nomes à presidente).
É claro que ele deveria ter vergonha de dizer essas coisas, mas ele não tem. É que o PT pode perder alguns cargos na Esplanada dos Ministérios, e os companheiros já estão pensando uma forma de compensação.
Um desastre como o que está em curso na Petrobras é parte de um modo de entender a coisa pública.
Será que o Projeto Reinaldo Ensolarado começa nesta segunda? No país em que a política é caso de polícia, nunca se sabe.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
HELIO ORO
La to "orassion" la se Talian Brasil
mèrita un posto ntel me blog. Con i me uguri de BONE FESTE
Honório TonialRua Marechal Rondon, 458
Centro
Erechim - RS - 99700-000
Centro
Erechim - RS - 99700-000
Caro(a) assinante da Revista Talian Brasil.
Por falta de apoio tivemos que desistir da Agenda 2015. Estamos concluindo duas edições especiais da revista Talian Brasil até o final do ano. Enviaremos no começo de janeiro de 2015. E carghemo le bateria par ndar pin prèssia in 2015...
Qualchedun ga belche passà par na stòria cossita?
Stamatina son levà su bonora! Gavea in mente che incoi rivaria el "Bambin" ma tanti ghe chama de pupà noel.
Magari go dormisto poco sta note passada! I sarvèi se remenea, pensando cossa chel Bambin vegnaria portarme stasera quando vao in leto.
E lora son levà su, bevesto na cicra de cafè magreta con el sbrontolamento dea mama che volea che magnesse na fetona de pan con marmelada de fighi. Go assà la el pan, metesto su el capel de pàia fato de dressa e via par el potrero.
Son ndato zo darente el pin che ze cargo de bòcie sto ano, e lora sto ano che vien gavaremo tanti pignoi.
E ben darente la fontana de àqua ghe ze due piante de pitanghe e una de guarivove. Ghe go dato na saquaiada ntea garivovera e suito go catà su un 30 bele garivove e meteste rento el capel. Dopo, go sbassà i rami dea pitanghera più granda e go tirà zo le 50 pitanghe più grosse, ben madure.
E cossita, con na scapelada de garivove e pitanghe son ndato casa. Le go lavade la tel tanche e meteste de volta ntel capel. Son ndato in cosina. Ciapa un piato tel guardalossa e la mama suito brontola:
-Feto cossa con chel piato li?
E lora mi ghe digo che zera drio prontar i fruti par el Bambin che rivarà stasera.
-Mama... cossa el Bambin me portarà stasera? - ghe domando a la mama.
E ela, no perdendo el viaio me dise:
-Varda fiol, che sto ano te me ghè incomodà tanto. Lu chel savarà cossa te portarà.
-Sarà chel me porta na bola?
-Vuidea de nò... in trè ore la sbusé su par i fiori! Le mèio che te porte na camisa! - dise a mama.
E lora go capio che no me portaria la bola. Stato meso stufo, ma gavea incora un pochetina de speransa. e ghe digo a la mama che stesse mia magnar le pitanghe e garivove che le gavea catae su par el Bambin.
E ghe digo a la mama che gavea fame. E ela me risponde:
-El pan ze incora sora la tola. Magna quel se te vol!
E son ndà magnar el pan, ma sempre col Bambin ntea testa. Ghe dumando suito scusa par quel che no go fato polito in questo ano e lora resto con la speransa, la fedùcia de guadagnar un bon presente, un bon regalo e go impromesso de meiorar cada volta depiù.
Magari go dormisto poco sta note passada! I sarvèi se remenea, pensando cossa chel Bambin vegnaria portarme stasera quando vao in leto.
E lora son levà su, bevesto na cicra de cafè magreta con el sbrontolamento dea mama che volea che magnesse na fetona de pan con marmelada de fighi. Go assà la el pan, metesto su el capel de pàia fato de dressa e via par el potrero.
Son ndato zo darente el pin che ze cargo de bòcie sto ano, e lora sto ano che vien gavaremo tanti pignoi.
E ben darente la fontana de àqua ghe ze due piante de pitanghe e una de guarivove. Ghe go dato na saquaiada ntea garivovera e suito go catà su un 30 bele garivove e meteste rento el capel. Dopo, go sbassà i rami dea pitanghera più granda e go tirà zo le 50 pitanghe più grosse, ben madure.
E cossita, con na scapelada de garivove e pitanghe son ndato casa. Le go lavade la tel tanche e meteste de volta ntel capel. Son ndato in cosina. Ciapa un piato tel guardalossa e la mama suito brontola:
-Feto cossa con chel piato li?
E lora mi ghe digo che zera drio prontar i fruti par el Bambin che rivarà stasera.
-Mama... cossa el Bambin me portarà stasera? - ghe domando a la mama.
E ela, no perdendo el viaio me dise:
-Varda fiol, che sto ano te me ghè incomodà tanto. Lu chel savarà cossa te portarà.
-Sarà chel me porta na bola?
-Vuidea de nò... in trè ore la sbusé su par i fiori! Le mèio che te porte na camisa! - dise a mama.
E lora go capio che no me portaria la bola. Stato meso stufo, ma gavea incora un pochetina de speransa. e ghe digo a la mama che stesse mia magnar le pitanghe e garivove che le gavea catae su par el Bambin.
E ghe digo a la mama che gavea fame. E ela me risponde:
-El pan ze incora sora la tola. Magna quel se te vol!
E son ndà magnar el pan, ma sempre col Bambin ntea testa. Ghe dumando suito scusa par quel che no go fato polito in questo ano e lora resto con la speransa, la fedùcia de guadagnar un bon presente, un bon regalo e go impromesso de meiorar cada volta depiù.
Felice Nadal a vu e fameia
Revista Talian Brasil
Helio José Oro
Helio José Oro
WILSON CESCA
BEM-VINDO JESUS
Wilson Cesca
Ao rememorar a primeira vinda de Jesus, com imensa alegria,
renasce para todos a esperança enraizada na Palavra de Deus. O Verbo se fez
carne e habita entre nós. A Luz extinguiu as trevas, perdoou os pecados e
revelou a sua intimidade com o Pai e tornou a todos os seus filhos. Como lembra
João, o Pai nos deu um grande presente de amor: sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos! (1Jo 3,1). Leão Magno exortava: ”Cristão, reconhece a tua
dignidade! Somos importantes porque Deus nos ama e nos elevou a uma altura que
jamais poderíamos imaginar nem conquistar.” O Filho do Homem veio buscar e
salvar o que estava perdido (Lc 19,10).
Com efeito, a sua chegada abre a possibilidade para que nos
tornemos puros e santos. Ele é o Senhor que purifica e faz viver aquele que confia
nele, como fez ao curar o leproso, reintroduzindo-o no convívio social, o que
equivale a devolver-lhe a vida (Mc 1,40-43). João esclarece o significado de
ser cândido: “Todo o que espera nele purifica-se, como também ele é puro” (1Jo
3,3).
De fato, Jesus pode transformar a vida daquele que o busca.
Contudo, essa adesão sem condições exige conversão e renúncias. Para tornar-se
seu amigo é necessário fazer uma opção firme: afastar-se daquilo que se torna
empecilho para o seu seguimento, mesmo que se trate de familiares (Lc 14,
25-26). Porém, isso não importa desprezar a quem se ama, ao contrário, o amor
ao próximo deve estar em consonância com o amor a Deus. Um não viceja sem o
outro, “Se alguém disser: “Amo a Deus”
mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama o seu irmão, a quem
vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4, 20).
É imperioso, ainda, tomar e carregar
a cruz diária e renunciar à própria vida (Mt 10,38; Mc 8,34; Lc 9,23). A conversão
a Jesus significa que se está sujeito à perseguições, escárnios e exclusões.
Por isso, é imprescindível vigiar e rezar para não cair em tentação.
Acompanhar Jesus constitui ato de
autêntica liberdade. Cada um, no exercício do livre arbítrio, estabelece a sua preferência,
atem-se aos valores perecíveis, “onde a traça e a ferrugem destroem e os
ladrões roubam ou junta tesouros no céu, que não serão destruídos” (Mt 6,
19-23). Renunciar a si mesmo não pode ser entendido como negar a própria
identidade ou a sua história, mas sim praticar o compromisso de viver em conformidade
com os desígnios do Criador, ciente de que não é fácil e tampouco ocorre como
um passo de mágica, mas é produto de longa comunhão, que compreende superar os
percalços do cotidiano.
Nesse contexto, Jesus muitas
vezes utiliza palavras duras para quem pretende acompanhá-lo e o que receberá
por essa escolha. À guisa de exemplo, menciona-se dois episódios. Ao esclarecer
ao jovem de posição que desejava saber o que deveria fazer para merecer a vida
eterna (Mt 19, 16-29; Mc 10,17-31; Lc 18,18-26), após reiterar que deveria
exercitar os mandamentos e vender os seus bens e dar o resultado para os pequenos,
foi questionado pelos apóstolos da dificuldade da salvação, e acrescentou: “O
que é impossível aos homens, é possível a Deus” (Lc 18, 27). Outro, ao ser
perguntado se são poucos os que se salvam, respondeu: “Procurai entrar pela
porta estreita; porque muitos procurarão entrar e não a encontrarão” (Lc 13,
23-24).
Com efeito, ao se examinar os dois casos, não se pode desconhecer
que a salvação é universal e destinada a todos, inclusive aos pagãos, desde que
aceitem realizar a vontade do Senhor. É natural aspirar que cada vez mais os
seus representantes sejam sem defeito: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai
celeste é perfeito” Mt 5,48. Jesus é a salvação e se coloca como a porta de seu
rebanho Jo 10,9, “Eu sou o porta. Quem entra por mim será salvo.” Ninguém pode
sentir-se excluído, como doutrina Pedro, “Ele não deseja que alguém se perca. Ao
contrário, quer que todos venham a converter-se” 2Pe 3,9. Celebremos a vinda do
Salvador!
Wilson Cesca é advogado e agente de pastoral na Paróquia Santa Rita
de Cássia, em Campinas-SP.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
BLOG DO CLAUDIO TOGNOLLI
Petrobras: “Venina Veneno” falou o que livro já denunciava há 9 anos
Venina Velosa em entrevista ao FantásticoTodo mundo viu no Fantástico o depoimento da ex-gerente executiva da Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, Venina Velosa da Fonseca. Não causa espanto o que nossa “Venina Veneno” denunciou. Causa espanto que toda a fala dela tenha sido apenas uma farsa: a repetir uma tragédia que muita gente já denunciou. Começando com o jornalista Ivo Patarra.
Filho do finado gênio diretor da revista Realidade, Paulo Patarra, Ivo lançou há 9 anos o seu livro “O Chefe”—em que apontava as conexões diretas de Lula com o Mensalão. Ivo conhece o PT por dentro: foi assessor da ex-prefeita petista de São Paulo, Luiza Erundina.
O livro começa com uma frase, solarmente feliz, de Frei Betto, ex-fiel escudeiro do lulismo:
““Nem sob os anos da ditadura a direita conseguiu desmoralizar a esquerda como esse núcleo petista fez em tão pouco tempo. Na ditadura, apesar de todo sofrimento, perseguições, prisões, assassinatos, saímos de cabeça erguida e certos de que tínhamos contribuído para a redemocratização do país. Agora, não. Esses dirigentes desmoralizaram o partido e respingaram lama por toda a esquerda brasileira
Ivo Patarra ele mesmo autorizou a inserção da obra on line, gratuitamente, pelo Creative Commons.
Pois bem: este blog separou trechos do livro de Ivo Patarra, extraídos do Capítulo intitulado “TCU recomendou paralisar obras irregulares; Petrobras foi campeã em aumento de custos”
No final do capítulo, há uma didática frase do ex-presidente Lula, que elogia os “bons pizzaiolos” que ele meteu goela da Petrobras abaixo:
“Dois meses antes do início dos trabalhos da CPI da Petrobras, Lula já dava uma dica sobre como trabalhava a comissão de inquérito. O presidente estava ao lado de José Sarney, durante um evento em homenagem ao ministro e ex-presidente do TCU, Marcos Vilaça. Lula voltou-se a Vilaça:
- Hoje você é ministro e eu sou presidente. Mas, daqui a um ano e meio, eu não sou mais presidente e vamos estar tomando uma água de coco com uma pituzinha lá em Pernambuco, sem prestar contas à imprensa, sem prestar contas a nenhuma CPI da Câmara ou do Senado, apenas prestando contas ao que nós vamos fazer no futuro.
Logo após a instalação da CPI, Lula voltaria a se manifestar:
- O Senado só tem gente experiente. Você acha que tem algum bobo no Senado? O bobo é quem não foi eleito. Os espertos estão todos eleitos.
Perguntado se os senadores fariam a CPI acabar em pizza, Lula vaticinou:
- Todos eles são bons pizzaiolos”.
Veja os trechos escritos por Patarra em 2006. Quem leu e tem poder, nada fez sobre isso…
"O TCU (Tribunal de Contas da União) elaborou relatório de fiscalização com indícios de graves irregularidades em 63 obras do Governo Federal, a ponto de recomendar, em setembro de 2009, a paralisação de 41 empreendimentos da administração Lula. Entre os casos mais graves, a Petrobras. Na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujos serviços àquela altura estavam estimados em R$ 4 bilhões, técnicos do TCU detectaram sobrepreços e critérios de medição inadequados. Na reforma da refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, com obras orçadas num total de R$ 2,5 bilhões, também teria havido a prática de sobrepreço….
Algumas obras sofreram aumentos de custos expressivos, o que alertou o TCU. Cinco delas a cargo da Petrobras: o gasoduto Urucu-Coari-Manaus subiu de R$ 2,4 bilhões, no início das obras, em 2006, para R$ 4,5 bilhões, em março de 2009. Justificativa da Petrobras: a estatal resolvera implementar “tecnologia inédita” no País. O gasoduto Cacimbas-Catu, entre o Espírito Santo e a Bahia, teve os custos elevados de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Segundo o TCU, havia contratos firmados sem licitação e o superfaturamento nos serviços de aplicação de asfalto alcançara 2.400%. Trabalhos de escavação em 183 quilômetros da obra foram acordados em R$ 1,6 milhão, enquanto o mesmo serviço em outro trecho, de 171 quilômetros, recebeu orçamento de R$ 10 milhões….
As plataformas marítimas P-52 (campo Roncador) e P-53 (campo Marlim Leste) sofreram reajustes, respectivamente, de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,5 bilhões, e de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,9 bilhões. Integrava a lista a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, cujas obras tiveram aumento de R$ 18,7 bilhões para R$ 19,2 bilhões.
Os custos aumentam com termos aditivos que passam a ser incorporados aos contratos iniciais. Eles alteram projetos básicos, multiplicam valores de obras e introduzem novos serviços. A plataforma P-56, cujo destino era a bacia de Campos (RJ), é outro exemplo. A sua construção subiu de R$ 2 bilhões para R$ 2,4 bilhões. A refinaria de Duque de Caixas, no Rio de Janeiro, teve 24 anexos ao contrato original. Os aditivos previam pagamentos por serviços não estabelecidos anteriormente e até reajuste salarial aos operários. Naquela obra teria ocorrido direcionamento de contratos….
De 2007 a 2009, a construção da eclusa de Tucuruí (PA) foi reajustada de R$ 548 milhões para R$ 815 milhões, um aumento de quase 50%. Chamaram a atenção do TCU os custos da via perimetral (margem direita) do porto de Santos (SP), que praticamente dobrou de preço, de R$ 55 milhões para R$ 107 milhões. Os seguintes reajustes em obras do setor de transportes causaram estranhamento: arco rodoviário do Rio de Janeiro, de R$ 756 milhões para R$ 1,1 bilhão; BR-101, em Pernambuco, de R$ 715 milhões para R$ 818 milhões; BR-101, no Rio Grande do Norte, de R$ 281 milhões para R$ 374 milhões; e a ferrovia Transnordestina, de R$ 4,5 bilhões para R$ 5,4 bilhões. Em julho de 2009, o TCU havia determinado a redução de R$ 120 milhões no contrato firmado entre a Eletronuclear e a construtora Andrade Gutierrez, para construir a usina nuclear de Angra 3 (RJ). Haveria sobrepreço nos serviços.
Como o Brasil é grande, antes do exame de mais problemas registrados na área da Petrobras, a paciência do leitor é preciosa para uma lista de outras 27 obras suspeitas de irregularidades, de acordo com o mesmo relatório do TCU. Em ordem de grandeza: construção do trecho rodoviário do corredor Leste, no Espírito Santo, com serviços orçados em R$ 95 milhões; obras do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu (PR), de R$ 74,7 milhões; complexo viário Baquirivu-Guarulhos (SP), R$ 69,8 milhões; construção de trecho do corredor rodoviário da fronteira norte, em Roraima, R$ 15,6 milhões; restauração de rodovias federais no Espírito Santo, R$ 11,4 milhões; acesso rodoviário no corredor Leste, no Espírito Santo, R$ 10,7 milhões; construção de trechos rodoviários na BR-393 (ES), R$ 9,7 milhões; distrito industrial de Manaus, de R$ 1,2 milhão; e obra na BR-010, a Tocantins-Maranhão, R$ 1 milhão.
Agora, obras de drenagem e de construção de barragens: adutora Italuís, no Maranhão, com custo estimado em R$ 299 milhões; adutora de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, R$ 131 milhões; adutora de Serra da Batateira, na Bahia, R$ 67,7 milhões; construção da barragem de Rangel, no Piauí, R$ 53,8 milhões; drenagem do Tabuleiro dos Martins, em Maceió, R$ 53,6 milhões; obras de saneamento na região do rio Paraibuna, em Minas Geais, R$ 35 milhões; construção do sistema adutor do sudeste do Piauí, R$ 34,5 milhões; obras de controle de enchentes no rio Poty, no Piauí, R$ 25,2 milhões; e construção da barragem de Congonhas, em Minas Gerais, R$ 500 mil.
Por fim, as últimas oito obras com suspeitas de irregularidades, acompanhadas, como em todos os casos, de seus custos totais: construção dos terminais de granéis do porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo, no valor de R$ 347 milhões; expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, no Maranhão, R$ 242 milhões; construção da fábrica de hemoderivados de Pernambuco, R$ 136 milhões; construção da linha 3 do Metrô, no Rio de Janeiro, R$ 65 milhões; construção da sede do Tribunal Regional Federal, no Distrito Federal, R$ 19,7 milhões; construção do porto de Camargo, em Campo Mourão (PR), R$ 10,1 milhões; construção da Escola Agrotécnica de Nova Andradina (MS), R$ 1,5 milhão; e reforma do campus da Universidade de Pelotas (RS), R$ 1,3 milhão.
A Petrobras é um caso aparte. Maior empresa nacional, faturou R$ 240 bilhões em 2008 e respondia, no final do segundo governo Lula, por mais de 90% dos investimentos das estatais brasileiras. Suas 21 subsidiárias aplicavam R$ 60 bilhões por ano. Desde a posse de Lula, em janeiro de 2003, até abril de 2009, a empresa firmou contratos de prestação de serviços no valor de R$ 129 bilhões, sendo R$ 47 bilhões, mais de um terço do total, sem licitação.
De suas 80 diretorias, gerências e assessorias importantes, 21 foram ocupadas por indicações políticas, a saber: 17 do PT, duas do PMDB e duas do PP. Vale destacar a Braspetro, distribuidora de combustíveis, nas mãos do ex-senador tucano Sérgio Machado (CE), apadrinhado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli (PT-BA), ligado ao governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
Uma das contratadas pela Petrobras para tocar as obras em Abreu e Lima, citada pela Polícia Federal, era a EIT (Empresa Industrial Técnica). Ela apareceria como suspeita de efetuar pagamentos indevidos ao grupo do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
As atividades de Fernando Sarney foram investigadas pela Polícia Federal e justificarão a devida atenção do leitor, conforme veremos nos próximos capítulos. Em todo o caso, cabe registrar as suspeitas dos federais sobre as ligações entre o filho de José Sarney e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia, afastado do governo Lula no bojo de um caso de corrupção, como já vimos. Mas Silas Rondeau continuaria agindo na gestão do PT. Utilizaria sua influência na Petrobras, da qual era integrante do Conselho de Administração, para beneficiar os negócios do grupo de Fernando Sarney.
Silas Rondeau faria uso de uma consultoria para “mascarar” o recebimento de dinheiro de empresas do setor de energia. Ele figuraria como sócio oculto da RV2, que assinara, por exemplo, contrato de R$ 195 mil com a Multiner, empresa com atuação na construção de usinas eólicas. A Multiner também controlaria a termelétrica de Cristiano Rocha, em Manaus, que recebera financiamento de R$ 27,7 milhões da Petros, o fundo de pensão da Petrobras.
Oito meses após deflagrar a Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal concluiu uma nova fase de investigações sobre as atividades da Camargo Corrêa. O delegado Otavio Margornari Russo apontou obras suspeitas de superfaturamento e indícios de doações ilegais a cerca de 200 políticos.
Na Petrobras, José Carlos Espinoza teria a função, conforme explicou, de fazer a interlocução com os movimentos sociais. Ao esclarecer o que fazia, citou dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar. Nas palavras de José Carlos Espinoza:
- Por conta exatamente do meio de campo que foi pedido para eu fazer entre os movimentos sociais e a Petrobras. Conheço o José Rainha, o presidente da Contag, o pessoal da Fetraef.
O TCU examinou o destino das aplicações da Petrobras em programas e obras sociais. Eram convênios ou contratos firmados por dispensa de licitação que movimentaram R$ 209 milhões entre 2003 e meados de 2009. A maior parte do dinheiro vinha do chamado FIA (Fundo da Infância e Adolescência) e beneficiou o PT e os partidos da base aliada do presidente Lula. De dezembro de 2008 a maio de 2009, por exemplo, de R$ 38,6 milhões provenientes de 157 repasses, 54% dos recursos irrigaram administrações do PT. Os 46% restantes foram divididos por 16 partidos. Se considerarmos o PMDB, os dois principais partidos da base aliada, PT e PMDB, embolsaram 67% da verba.
Levantamento do TCU identificou repasses da Petrobras, no valor de R$ 15 milhões, para a CUT (Central Única dos Trabalhadores, ligada ao PT) alfabetizar 140 mil trabalhadores entre 2004 e 2005, ainda no primeiro mandato de Lula.
Durante os dois mandatos de Lula, três empresas foram contratadas 268 vezes pela Petrobras. Juntas, R.A. Brandão Produções Artísticas, Guanumbi Promoções e Eventos e Sibemol Promoções e Eventos, esta última registrada em endereço onde funcionava um canil, no Rio, faturaram R$ 11,6 milhões, em contratos sem licitação. Raphael de Almeida Brandão era sócio das três. Outra coincidência: a responsabilidade pelas contratações estava a cargo do gerente de comunicação de Abastecimento da Petrobras, Geovane de Morais, oriundo do movimento sindical de químicos e petroleiros da Bahia, como, aliás, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o seu assessor especial, Rosemberg Pinto, e o próprio governador do Estado, Jaques Wagner.
Um caso palpitante pôs a ANP na berlinda: o pagamento de R$ 178 milhões, supostamente ilegal, a sindicatos de produtores de álcool de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. O episódio teve a participação do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, uma liderança do PC do B. O acerto para quitar subsídios que seriam devidos aos usineiros teria sido lesivo aos cofres públicos, pois o valor, muito alto, foi pago em dinheiro, evitando o procedimento padrão de mandar os credores à fila dos precatórios. Além de Haroldo Lima, teriam participado da negociação o deputado José Mentor (PT-SP) e um amigo, o lobista Paulo Afonso Braga Ricardo, que ficaria com comissão de 30% do total, ou seja, quase R$ 50 milhões. O lobista disporia de empresa offshore e teria uma ex-empregada doméstica de “sócia”.
Havia ainda indícios de fraudes em licitações para reformar plataformas marítimas, no valor de R$ 200 milhões, conforme investigação da Polícia Federal na Operação Águas Profundas, realizada em 2007. O TCU também apontara possíveis irregularidades em contratos para construir plataformas. Com base no trabalho dos federais, o Ministério Público denunciou 26 pessoas por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e falsificação de documentos, incluindo diretores da Iesa Óleo e Gás.
Apesar da ação criminal contra dirigentes da empresa, a Petrobras assinou um contrato com a Iesa Óleo e Gás no ano seguinte, no valor de R$ 190 milhões, para reformar plataformas. A empresa também participava do consórcio encarregado de construir a plataforma P-63, no valor de R$ 1,6 bilhão. Na investigação da Operação Águas Profundas, a Iesa Óleo e Gás admitiu ter entregue R$ 3,5 milhões à Angraporto, para comprar informações privilegiadas e vencer concorrência na Petrobras. A Angraporto, por sua vez, teria pago propina a funcionários da Petrobras, a fim de ganhar os certames. Com os dados, a Iesa obteria contrato para reformar a plataforma P-14. Em 2006, a mesma Iesa doara R$ 1,6 milhão para a campanha eleitoral do PT.
Como a Iesa, a GDK também se metera em confusão e sairia recompensada pela Petrobras. A empresa, com sede em Salvador, tornou-se famosa em 2005, após um de seus executivos presentear o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, com um jipe Land Rover. A revelação do mimo a Silvio Pereira ocorreu no auge do escândalo do mensalão. Na época, a GDK era dona de R$ 512 milhões em contratos com a Petrobras, sendo que a reforma da plataforma P-34, no campo de Jubarte (ES), teria sofrido sobrepreço de US$ 23 milhões. Conforme levantamento da Folha de S.Paulo, após o escândalo a GDK voltaria a ser contratada 19 vezes pela Petrobras. Total dos contratos firmados, entre 2007 e 2009: R$ 584 milhões. O mais alto, no valor de R$ 199 milhões, foi assinado com dispensa de licitação.
Diversas ocorrências justificaram a criação da CPI da Petrobras. Mas o Palácio do Planalto a manteve sob controle desde o início, em agosto de 2009. Oito de seus 11 integrantes eram da base aliada. Lula ainda dispunha do presidente da comissão, senador João Pedro (PT-AM), e do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), seu líder no Senado. Requerimentos da oposição foram derrubados. Não houve acesso a dados considerados sigilosos. Engavetaram a investigação do convênio entre a Petrobras e a Fundação José Sarney. Não prosperaram as tentativas de averiguar a manobra contábil usada pela Petrobras, com a finalidade de alterar seu regime tributário e deixar de pagar R$ 2 bilhões em impostos em 2009.
Ao contrário da CPI dos Correios, que quase o derrubou, Lula, mais experiente, negociou antes e blindou a CPI da Petrobras. No editorial “Sob a regência de Lula”, o jornal O Estado de S. Paulo abordou a relação estreita entre o presidente da República e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP): “O apoio a Sarney é peça-chave nessa formidável construção de poder que Lula rege pessoalmente porque considera a sua prioridade número um. No primeiro mandato, Lula não raro delegou as articulações políticas do governo a Dirceu e aos ministros Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, e Antonio Palocci, da Fazenda. Neste segundo período, escaldado pelos tropeços no escândalo do mensalão, e até por falta de alternativas, tornou-se ele próprio o seu principal operador político”.
domingo, 21 de dezembro de 2014
CONSULTA
Pessoal me ajudem!!! Como habilitar o acelerador de hardware????
1em 21/12/2010 às 11:56h
Sempre q vou abrir um jogo q esta no meu pc, aparece a seguinte mensagem: "A aceleração do hardware esta desabilitada ou não tem suporte do driver da placa de video. Verifique se a aceleração do hardware esta ativada." Ele ainda diz q o jogo esta sendo executado em modo de renderização de software. Como eu faço para ativar a aceleração do hardware ou para ver se meu pc tem o suporte da placa de video!!! Por favor, deixem a resposta bem explicada de modo com q eu possa resolver!!! ( meu pc é windows 7) Desde já obrigado.
Q
Ivanir Sinorini
Feed de Notícias
Honorio Tonial foi o homem que deu início ao reconhecimento de nosso TALIAN. A ele devemos muito. Com certeza nossos nonos e bisnonos e aqueles que dormem no fundo das àguas do mar estão em festa por saber que a luta que empreenderam não foi em vão. A "Mèrica" é hoje um "bel marsolino de fiori". Honório Tonial é o grande jardineiro do nosso TALIAN.
Assinar:
Postagens (Atom)