domingo, 21 de agosto de 2016

GRITA BRASIL

No país da tornozeleira eletrônica!

Confesso que pensei em abrir uma franquia para tirar proveito desse mercado aquecido

No país da tornozeleira eletrônica!
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Dizem que depois da tempestade vem a bonança. Mas acho que a corrupção conseguiu mudar até isso.
E acho que poderia gritar EURECA! Descobri como ficar rico em pouco tempo!
Como eu não pensei nisso antes? Para que me matar de trabalhar mais de 12 horas na Uber, intercalando ainda com outro emprego de 4 horas por dia e complementando ainda com a venda de alguns livros comprados e nunca lidos?
Como fui burro esse tempo todo!
A oportunidade esse tempo todo aqui na minha cara e eu pensando em como ganhar dinheiro, ou em como sobreviver num país chamado Brasil.
Confesso que cheguei a pensar em abrir uma franquia. Mas de quê? Comida? Serviços?
Que nada! Vou fabricar e vender tornozeleiras eletrônicas. O mercado está aquecido e a tendência pelo andar da carruagem, ou melhor, da Operação Lava Jato, é que a coisa fique efervescente.
Já está até faltando tornozeleiras no mercado, o que fez com que o ex-dono da Delta fosse para Bangu 8 ao invés de ir para prisão domiciliar. Tudo bem que em parte isso se deve ao não pagamento do fornecedor pelo Estado, que está falido. Mas não tem problema. Parcelo se for preciso. Um cliente em potencial não vou deixar escapar.
Mas se formos analisar friamente tudo isso é de se sentar e chorar copiosamente.
Quando poderíamos imaginar que passaríamos por isso? Tudo bem que a corrupção sempre existiu e sempre irá existir. Mas o grande lance é fazer com que ela volte aos índices aceitáveis. Não podemos ser hipócritas a ponto de acreditar que depois de finda a Operação Lava Jato, que pelo visto vai conviver conosco durante ainda um bom tempo, a corrupção irá sumir. A tendência é que ela seja mais branda, que o corrupto ao invés de querer o bolo todo, o prato e a faca, se contente com uma fatia do bolo e um guardanapo que vai de brinde. Pelo menos é no que apostamos.
Pelo menos é no que queremos acreditar que aconteça.
Porque senão nada disso terá valido a pena.
 Entre mesóclises e o Temer!
Pelo visto “nosso” (não vou explicar de novo porque as aspas) presidente interino ama falar em mesóclises, então falar-lhe-ei o que penso.
Penso que a cada dia que passa, fico com mais medo do que possa vir por aí. Ainda mais quando Temer fala em Deus e também em tomar medidas impopulares.
“Tudo bem” que ele já está nos avisando, ou seja, não acontecerá amanhã de acordamos e sermos sacudidos por uma medida bomba. Mas do que mais precisamos?
O que mais me incomoda é isso de que “Deus está ajudando” a governar o país. É o fato de Temer se sentir à vontade para invocar a imagem divina ao tratar de questões administrativas.
Como assim? Daqui a pouco, Temer vai aparecer na televisão pra dizer que Deus falou com ele e assim sendo a CPMF está criada em caráter definitivo, pois assim, segundo Deus, acabaremos com a crise na Saúde. Como se isso fosse amenizar a porrada. E analisando friamente e de forma laica, tentar colocar a coisa na conta Divina é sacanagem com ELE.
Então, seu presidente interino, comece a assumir seus atos sem falar na participação divina em suas resoluções. Como por exemplo, você ter nomeado o filho do deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, para um cargo estratégico no segundo escalão do governo. Deus não mandaria você cometer tal ato. Fora as outras indicações de Paulinho da Força para o setor agrário. Qual é, seu Temer? Rabo preso?
Então, seu presidente interino, ao invés de se preocupar em falar bonito, se preocupe em fazer bonito e comece a tirar o Brasil do abismo.  Pois é disso que precisamos.
Aí, quem sabe, eu convidar-te-ei para tomar um café. Mas pensa bem o que você vai fazer.
E pelo amor de Deus, deixa Deus quieto no seu canto.

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