sábado, 20 de agosto de 2016

PRÓS E CONTRAS DA OLIMPÍADA

Os tropeços e sucessos da Rio 2016

As longas filas e as piscinas com água verde provocaram críticas, mas não prejudicaram os primeiros Jogos Olímpicos sediados na América Latina


Os tropeços e sucessos da Rio 2016
Frequentadores habituais dos Jogos Olímpicos disseram que o Rio teve mais problemas do que Londres e Pequim (Foto: Wikipedia)
A primeira impressão foi de caos. À medida que os torcedores desembarcavam dos trens no Estado Olímpico Engenhão em 13 de agosto, no segundo dia dos Jogos Olímpicos, deparavam-se com uma multidão na entrada do estádio. Quem quer que tentasse ultrapassá-la era barrado com gritos de “fila!”
Esse não foi o único problema da primeira Olimpíada realizada na América do Sul. Em 6 de agosto, quando as competições começaram, o público também enfrentou filas enormes no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Quatro dias depois a água das piscinas do Parque Maria Lenk ficou verde, aparentemente em razão do despejo indevido de peróxido de hidrogênio na água. Em 15 de agosto, uma câmera de televisão presa em cabos de aço caiu no Parque Olímpico e feriu pelo menos sete pessoas.
Houve também surpresas agradáveis. O fracasso do Rio em não despoluir a baía de Guanabara foi alvo de críticas constrangedoras antes dos jogos, mas nas competições de vela os níveis de poluição foram toleráveis, pelo menos para os atletas. Não houve registros de congestionamento nem interrupções na rede de telefonia móvel, a despeito da sobrecarga.
A nova linha de metrô que conecta os parques e os estádios olímpicos ao centro da cidade funciona bem, apesar do receio que não ficasse pronta no prazo previsto. Os ônibus do BRT Transpolímpico, com faixas exclusivas, transportam um grande fluxo de passageiros que chegam na nova estação de metrô no Jardim Oceânico para o Parque Olímpico, na Barra. Os problemas são inevitáveis em uma cidade como o Rio de Janeiro, onde a pobreza coexiste com a riqueza e a violência prejudica a organização de eventos.
Os frequentadores habituais dos Jogos Olímpicos disseram que o Rio teve mais problemas do que Londres e Pequim, que sediaram as duas Olimpíadas anteriores. Mas o Brasil é muito mais pobre do que a Grã-Bretanha, e de grande parte dos países que sediou os jogos. E, ao contrário da China, é uma democracia onde os problemas não podem ser escondidos com facilidade por governos autoritários. A maioria dos espectadores locais e dos turistas está decidida a não deixar que as preocupações com segurança, água poluída, filas ou com qualquer acontecimento desagradável ou inesperado, atrapalhem o clima da Olimpíada. Na área portuária milhares de pessoas comemoram as vitórias e lamentam as derrotas de seus países. Apesar de algumas falhas na segurança e na organização, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro predomina o ambiente de alegria característico do Brasil.

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