terça-feira, 9 de agosto de 2016

JULGAMENTO

impeachment nesta terça

Análise do parecer do senador Antonio Anastasia a favor do afastamento deve durar 20 horas. Se aprovada, Dilma vira ré e vai a julgamento no fim do mês


Senado vota parecer do impeachment nesta terça
A votação será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O Senado se reúne nesta terça-feira, 9, para analisar em plenário o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. A votação será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e caso o texto do senador seja aprovado, Dilma se tornará ré e irá para o julgamento final no fim deste mês.
A sessão no Senado deverá durar cerca de 20 horas. Após a apresentação de questões de ordem pelos senadores e a leitura do relatório por Anastasia, cada senador poderá discursar por dez minutos. Depois, a acusação e a defesa da presidente terão 30 minutos cada para fazer as considerações finais, antes que a votação seja iniciada.
Devido ao fato de os aliados de Dilma saberem que a maioria dos senadores deverá votar a favor do prosseguimento do processo de impeachment, eles informaram que apresentarão pelo menos 11 questões de ordem para tentar suspender a votação de hoje. Segundo um levantamento do jornal Globo, pelo menos 44 dos 81 senadores declararam que irão votar pelo prosseguimento e 18 são contra o processo.
Os aliados da presidente afastada usam acusações que vêm aparecendo contra o presidente interino, Michel Temer, nas investigações da Operação Lava Jato como base para tentar barrar o processo de impeachment. Recentemente, Temer foi acusado de ter pedido R$ 10 milhões  em propina a Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora Odebrecht, um dos alvos centrais da Lava Jato.
Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, é “um absurdo” que Dilma esteja sendo julgada pela assinatura de decretos suplementares e da realização de operações de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil, enquanto Temer é acusado de receber dinheiro de propina. “Sempre recebemos com cautela denúncias resultantes de delações, é preciso que haja provas. Mas, se forem verdade, são extremamente graves e recomendam a suspensão do processo de impeachment”, afirmou o senador.

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